Aponta pra fé e rema!

domingo, 29 de agosto de 2010


Um band-aid no coração, um sorriso nos lábios- e tudo bem. O que se há de fazer?
Sofro, luz dos meus olhos, quando dizes
Que a vida não te alenta nem conforta.
Olha o exemplo das árvores felizes
Dentro da solidão da noite morta.
Que lhes importa a dor, que lhes importa
O drama que há no fundo das raízes?
Não sentem quando o vento os ramos corta
E as folhas leva em várias diretrizes?
Que lhes importa a maldição do outono
E os dedos envolventes da garoa,
Se dão sombra às taperas no abandono?!...
Levanta os braços para o firmamento
E canta a vida porque a vida é boa
Mesmo esmagada pelo sofrimento.
"E hoje não. Que não me doa hoje o existir dos outros, que não me doa hoje pensar nessa coisa puída de todos os dias, que não me comovam os olhos alheios e a infinita pobreza dos gestos com que cada um tenta salvar o outro deste barco furado. Que eu mergulhe no roxo deste vazio de amor de hoje e sempre e suporte o sol das cinco horas posteriores, e posteriores, e posteriores ainda."
"...Pega no telefone e liga-lhe. Fala com ele de coração aberto, diz-lhe que o queres ver, chora se for preciso, pede-lhe que te diga se sim ou se não. Se for preciso, por mais que te custe, pede-lhe para te escrever a palavra NÃO. Pede-lhe uma resposta para o teu coração. Mais vale saberes que acabou tudo do que viveres com as laranjas todas no ar, qual malabarista exausto, sem saberes nem como nem quando elas vão cair.
Mais vale chorar a tristeza de um amor perdido do que sonhar com um oásis que se transformou numa miragem.
Pega no telefone e liga-lhe. Liga as vezes que forem precisas até conseguires uma resposta, a paz de uma certeza, mesmo que essa certeza não seja a que desejavas ouvir.(...) ''
... Ainda é cedo e eu preciso de amor. Só um pouquinho de amor... Quero que ele veja o quanto mudei por causa dele, na esperança de que seu riso congelado saia do automático e eu ganhe um único sorriso verdadeiro... Talvez meu amor tenha aprendido a ser menos amor só para nunca deixar de ser amor..."

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nosso dia 23!

Obrigada, por fazer de mim esta mulher tão feliz, tão completa. Obrigada por ser o meu companheiro, por ser o meu homem, por ser esta pessoa maravilhosa. Hoje, não é simplesmente o nosso aniversário de namoro, é o e aniversário daquilo que sempre sonhei em ter, FELICIDADE! Dormir com você, acordar com você, este é o melhor presente que poderia ganhar. Conhecer, namorar com VOCÊ, foi a melhor coisa que me aconteceu.

"Hoje, 23 de agosto de 2010 eu acordei com saudades de você. Talvez porque hoje seja nosso aniversário, talvez porque seja uma data especial, talvez porque eu te ame demais."

Feliz 2 anos e 1 mês de MUUUUUUUUUUUUUUITOS, te amo!

sábado, 21 de agosto de 2010

"Quando a gente foi ver o pôr-do-sol na Praia, e a gente ficou abraçado, e a gente se achou brega demais, e a gente morreu de rir, eu senti um daqueles segundos de eternidade que tanto assustam o nosso coração acostumado com a fugacidade segura dos sentimentos superficiais. Eu olhei para você com aquela sua sueter que te deixa com tanta cara de homem e me senti tão ao lado de um homem, que eu tive vontade de ser a melhor mulher do mundo. E eu tive vontade de fazer ginástica, ler, ouvir todas as músicas legais do mundo, cozinhar, arrumar seu quarto, escrever um livro, ser mãe. E aí eu só olhei pra bem longe, muito além daquele Sol, e todo o meu passado se pôs junto com ele. E eu senti a alma clarear enquanto o dia escurecia(...)"

Claro que eu sou séria, claro que você pode confiar em mim, claro. Claro que eu sei o que eu estou dizendo, pensando e planejando. Claro que é pra valer e que eu não tenho dúvidas. Claro que só digo a verdade. Meu marido, como gosto de imaginá-lo, tem os ombros largos de proteção e abraço eterno. Tem uma mão grande que serve para tudo: desde atravessar a rua segura, até sentir prazer sem medo das horas. Quando ele sorri, doce, imagino meus filhos. Exatamente com aquela ironia pura estampada na cara: um misto de esperteza com falsa esperteza. Quando ele acorda e eu acordo, e nos olhamos, é sempre uma promessa de que a vida não vai acabar porque sempre acordaremos juntos. E para sempre vamos nos amar mesmo com o desgaste das olheiras e remelas. Respiro aliviada e mesmo distante de Deus eu sinto que ele abençoa tudo aquilo. Nunca viveremos o desgaste e para sempre viveremos com a falsa impressão da perfeição...

Abre essa porta, que direito você tem de me privar? Desse castelo que eu construí pra te guardar de todo mal, desse universo que eu desenhei pra nós. Abre essa porta não se faz de morta, diz o que é que foi, já que eu larguei tudo pra ti, já que eu cerquei tudo ao redor. Abre essa porta, vai, por favor, que eu sou teu homem viu? "Que eu sou teu homem viu".

Cala essa boca, que isso é coisa pouca perto do que passei. Eu que lavei os seus lençóis, sujos de tantas outras paixões. E ignorei as outras muitas, muitas... Vai, depois liga, diz pra sua irmã passar que eu vou mandar tudo que é seu, que tem aqui. Tudo que eu não quero guardar, que é pra esquecer de uma só vez que este castelo só me prendeu, viu? Mas o universo hoje se expandiu...

E aqui de dentro a porta se abriu.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


Eu passo quieta por você, você passa quieto por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz. E você já abalou tanto a minha vida. Que pena, agora você morreu. Não morre, por favor. Seja ele, seja o homem que perde um segundo de ar quando me vê. Mas você nunca mais me olhou quase chorando, você nunca mais se emocionou, nem a mim.
Você nunca mais pegou na minha mão e me fez sentir segura. Nunca mais falou a coisa mais errada do mundo e fez o mundo valer a pena. Eu treinei viver sem você, eu treinei porque você sempre achou um absurdo o tanto que eu precisava de você para estar feliz. De tanto treinar acostumei. Eu só queria que ele aparecesse, o homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó. O homem que vai ser o pai dos meus filhos e não dos meus medos. O homem com o maior colo do mundo, para dar tempo de eu ser mulher, transar para sempre. Para dar tempo de seu ser criança, chorar para sempre. Para dar tempo de eu ser para sempre. Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei você. Antes que eu morresse de amor. Matei você. Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu não!

terça-feira, 17 de agosto de 2010


"Ontem depois que você foi embora confesso que fiquei triste como sempre. Mas, pela primeira vez, triste por você. Que outra mulher te veria além da sua casca? E você não sabe como vale a pena gostar de alguém e acordar na casa dessa pessoa e tomar suco de manga lendo notícias malucas no jornal como o cara que acha que é vampiro. Tudo sem vírgula mesmo e, nem por isso, desequilibrado ou antes da hora. Você não sabe como isso é infinitamente melhor do que acordar com essa ressaca de coisas erradas e vazias.. E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. A gente dá muitas risadas juntos. A gente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. A gente acha que o mundo está maluco e sonha com a praia do Espelho e com sonos jamais despertados antes do meio-dia. A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia. A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida. E você me olha com essa carinha banal de "me-espera-só-mais-um-pouquinho", querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu.

E sempre volta.

Volta porque pode até ter uma coxa mais dura, pode até ter uma conta bancária mais recheada, pode até ter alguma descolada que te deixe instigado, mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem. Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos anos escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso. Caiu finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara BURRO. E do quanto você jamais vai encontrar uma mulher que nem eu nesses lugares deprê em que procura.

Eu vou para a cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você, ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer.Também sou convidada para essas festinhas com gente "wanna be" que você adora. Mas eu já sou alguém e não preciso mais querer ser. E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim... Coitado!"

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sinto falta daqueles olhos azuis, de como você me beija à noite. Sinto falta de como nós dormimos. É como se não houvesse nascer do sol, como o gosto do seu sorriso... Sinto falta do jeito que respiramos, mas eu nunca te disse o que eu deveria ter dito. Não, eu nunca te disse. Eu me segurei! E agora eu sinto saudade de tudo em você. Não acredito que eu ainda te quero depois de tudo que nós passamos. Sinto falta de tudo em você, sem você eu vejo seus olhos azuis, toda vez que eu fecho os meus. Você torna isso difícil de ver onde eu pertenço. Quando não estou à sua volta é como se eu estivesse sozinha comigo. E agora eu sinto saudade de tudo em você (Mesmo que você se vá) Não acredito que eu ainda te quero (E te amando, eu nunca devia ter ido embora) depois de tudo que nós passamos (Eu sei que não devia ter partido) Sinto falta de tudo em você...


... Sem você

".. Mas só muito mais tarde, como um estranho flash-back premonitório, no meio duma noite de possessões incompreensíveis, procurando sem achar uma peça de Charlie Parker pela casa repleta de feitiços ineficientes, recomporia passo a passo aquela véspera de São João em que tinha sido permitido tê-lo inteiramente entre um blues amargo e um poema de vanguarda. Ou um doce blues iluminado e um soneto antigo. De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida – reconheceu, compenetrado. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo, e no território conquistado hastear uma bandeira. Como quando, olhando para baixo, a deusa se compadece e verte uma fugidia gota do néctar de sua ânfora sobre nossas cabeças. Mesmo que depois venha o tempo do sal, não do mel. ..."
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VOLTEEEEEEEEEI :]

domingo, 1 de agosto de 2010

"Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais .Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos,beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam.Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada,lençol,café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa,o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais."
Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.

Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania.

"Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor?"
"Quero você entre mim e o sentimento que tenho quando sinto sua falta, mas tudo esta me dizendo que eu deveria ficar bem. Então por que isso é assim, isso incomoda acima de eu sentir sua falta o tempo todo? Me acostumei com você suspirando coisas pra mim noite adentro, nós seguimos o sol, e suas cores, deixamos este mundo. Parece pra mim, que eu estou definitivamente, ouvindo o melhor que eu ouvi. Então me atire uma corda, para me colocar no lugar, mostre-me um relógio, para contar meus dias fora, porque tudo é mais fácil quando você está ao meu lado, volte e me encontre, porque eu me sinto sozinha. E onde quer que você vá é como se estivesse prendendo minha respiração sob a água, tenho que admitir que eu meio que gosto disso quando eu faço, mas eu tenho que estar, incondicionalmente sem medo dos meus dias sem você."