Aponta pra fé e rema!

sábado, 18 de setembro de 2010

"Eu aflito e só, confuso e sem você por aqui. Assim eu sonhei, mas isso eu não quis. Que diferença? o dia se fez assim. Há um conflito, um nó. Eu difuso enfim. Os pássaros vêm me levar aí, visitar o céu e pra ver você levantando o véu pra mim.
Mas eles só me vêem quando eu já não sei se eu estou são, o que é um sonho ruim, e o que é um sonho bom. Que diferença? a vida é igual, assim e eu não sei. Eu não sei... Se isso é você. Quem bate aí?

Se é pra eu te ver então deixa eu dormir." 
"Olho para a chuva que não quer cessar, nela vejo o meu amor. Esta chuva ingrata que não vai parar pra aliviar a minha dor. Eu sei que o meu amor pra muito longe foi, numa chuva que caiu. Oh, gente! Por favor pra ela vá contar que o meu coração se partiu. Chuva traga o meu benzinho pois preciso de carinho. Diga a ela pra não me deixar triste assim... O ritmo dos pingos ao cair no chão só me deixa relembrar. Tomara que eu não fique a esperar em vão. Por ela que me faz chorar. Oh, chuva traga o meu benzinho!

Chove, chuva traga o meu amor..." (8)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O que é, O que é: Clara e salgada, cabe em um olho e pesa uma tonelada, tem sabor de mar, pode ser discreta, inquilina da dor, morada predileta? Na calada ela vem, refém da vingança, irmã do desespero rival da esperança. Pode ser causada por vermes e mundanas, e o espinho da flor, cruel que você ama. Amante do drama, vem pra minha cama por querer, sem me perguntar me fez sofrer. Eu que me julguei forte, eu que me senti, serei um fraco quando outras dela vir... O que adianta eu ser durão e o coração ser vulneravél?
"Eu tenho muitos amigos, tenho discos e livros mas quando eu mais preciso eu só tenho você... Tenho sorte e juízo, cartão de crédito e um imenso disco rígido mas quando eu mais preciso eu só tenho você, quando eu mais preciso eu só tenho você."
"Ele é só um cara. Só um cara. E quer mesmo saber? É um cara como todos os outros caras. Esse que te perguntou as horas no meio da rua – podia ter sido ele e você nem ligou. O mendigo, o ginecologista, o padre, o dealer. Ele estava ali o tempo todo. E ele não estava. Ele é só um deles. Vários. Uma legião. E ninguém. É só um cara. E não a sua vida. E não todos os dias da sua história. E não todas as suas lágrimas juntas em um único sábado solitário. Ele não é o destino, é um cara. Existem muitos destinos. Ele é só um cara que mal sabe encarar as consequencias das suas escolhas. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou. E perdeu. Ele é só um cara. E você já esqueceu outros caras antes."
"A maior conquista do ser humano é manter o sorriso nos lábios, enquanto o coração explode de dor."
"Essa é uma das coisas que as pessoas não nos ensinam quando falam de crescer: como lhe dar com as dores que não passam com um beijo."
"Penso em nós juntos, eu acredito no amor para sempre, eu acredito em coisas que os olhos não podem ver."

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Hoje eu estou sensível
Hoje eu estou menos eu
Hoje, só hoje, vou dar um tempo de mim
Vou resistir a meus impulsos
E controlar os meus sentimentos

Só hoje vou fingir que não estou nem aí
Vou pensar menos
Vou rir mesmo que a força

Só hoje vou parar totalmente
Vou ficar sem fazer nada
E vou ficar feliz apenas por estar na minha presença e na de Deus

Hoje eu não quero ouvir coisas ruins
Porque hoje está mais fácil de chorar
E se eu chorar
Não terei condições de argumentar
E tudo pode sair errado

Hoje eu não quero nada complicado
Quero sonhar com coisas boas
Quero brincar como criança
Quero comer sem medo de engordar
E viver sem objetivos

Só hoje quero ficar muda
Quero que o silêncio seja verdadeiramente silencioso
Quero dormir como um anjo

Hoje eu quero ouvir palavras de amor
Quero ouvir que sou importante
Quero abraços e muitos beijos
Quero carinho e quero colo
Quero família e quero amigos
Quero estar com quer estar comigo

Hoje eu quero que passe rápido
Eu quero que as horas corram
Mas se você vier
Hoje e todos os dias
Eu quero que o tempo páre
Só para ficar mais um pouquinho contigo...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
-Vou te escrever carta e não te mandar.
-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
-Vou ver Saturno e me lembrar de você.
-Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.
-O tempo não existe.
-O tempo existe, sim, e devora.
-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.
-Linhas paralelas se encontram no infinito.
-O infinito não acaba. O infinito é nunca.
-Ou sempre.
-Tudo isso é muito abstrato. Está tocando "Kiss, kiss, kiss". Por que você não me convida para dormirmos juntos.
-Você quer dormir comigo?
-Não.
-Porque não é preciso?
-Porque não é preciso.
(Silêncio)
-Me beija.
-Te beijo."
"Mas o tempo pode ser uma coisa bem voraz, às vezes se apodera de todos os detalhes só para si mesmo."
"Quando alguém mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando alguém trapaceia, está roubando o direito à justiça..."
Quanto tempo demora? - perguntou ele.
- Não sei. Um pouco.
Sohrab deu de ombros e voltou a sorrir, desta vez era um sorriso mais largo.
- Não tem importância. Posso esperar. É que nem maçã ácida.
- Maçã ácida?
- Um dia, quando eu era bem pequenininho mesmo, trepei em uma árvore e comi uma daquelas maçãs verdes, ácidas. Minha barriga inchou e ficou dura feito um tambor. Doeu à beça. A mãe disse que, se eu tivesse esperado as maçãs amadurecerem, não teria ficado doente. Agora, quando quero alguma coisa de verdade tento lembrar do que ela disse sobre as maçãs.
"Eu vejo que aprendi o quanto te ensinei, e é nos teus braços que ela vai saber. Não há porque voltar, não penso em te seguir, não quero mais a tua insensatez.. O que fazes sem pensar aprendeste do olhar e das palavras que guardei pra ti. Não penso em me vingar, não sou assim. A tua insegurança era por mim! Não basta o compromisso, vale mais o coração. Já que não me entendes, não me julgues, não me tentes. O que sabes fazer agora veio tudo de nossas horas. Eu não minto, eu não sou assim. Ninguém sabia, e ninguém viu que eu estava a teu lado então.. Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher. Minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina. Mas sou minha, só minha, e não de quem quiser! Acho que só agora eu começo a perceber tudo o que você me disse, pelo menos o que lembro que aprendi com você, está realmente certo (bem mais certo do que eu queria acreditar). Você gosta mesmo de mim se arriscando a me perder assim, ao me explicar o que eu não quero ouvir. Ainda não estou pronto pra saber a verdade (ou não estava até uma estação atrás). Acho que só agora eu começo a ver que tudo que você me disse é o que você gostaria que tivessem dito pra você. Se o tempo pudesse voltar dessa vez.. Sou eu mesma e serei eu mesma então, e não há nada de errado comigo, não.. Não, não, não! Não preciso de modelos, não preciso de heróis, eu tenho meus amigos e quando a vida dói eu tento me concentrar num caminho fácil!"
"Moro no segundo andar, mas nunca encontrei você na escada. Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são/estão dentro/fora de mim: Secas. Tão só nesta hora tardia - eu, patético detrito pós-moderno com resquícios de Werther e farrapos de versos de Jim Morrison, Abaporu heavy-metal - só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das mãos de carícias não dadas.

Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca, meu amor, e um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como "Eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão."

Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz. Do jogo, do embuste.. Preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez, como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã."

sábado, 4 de setembro de 2010


-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)

-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.
"Você não existe. Eu não existo. Mas estou tão poderoso na minha sede que inventei a você para matar a minha sede imensa. Você está tão forte na sua fragilidade que inventou a mim para matar a sua sede exata. Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo. E porque nos inventamos um ao outro, porque éramos tudo o que precisávamos, para continuar vivendo. E porque nos inventamos, eu te confiro poder sobre o meu destino e você me confere poder sobre o teu destino. Você me dá seu futuro, eu te ofereço meu passado. Então e assim, somos presente, passado e futuro. Tempo infinito num só, esse é o eterno."
Ai. Saudade é uma coisa azul e amarga com carne por fora e espinho por dentro.
"Com a faca da nostalgia do longe cravada fundo no peito. Às vezes dói, mas logo passa também. "
" Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?"
"Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo..."
Você é meu príncipe. Depois de tantos amores estranhos, pequenos, errados e tortos, finalmente eu reconheci no seu olhar centralizado e no seu sorriso espalhado... O meu princípe.
"As vezes, é preciso muita humildade pra ser arrogante."
"Eu quero sempre encontrar você, sejá lá aonde você estiver, e que eu consiga ser o seu perfeito, mesmo sendo imperfeito."
Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao seu lado. Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas. Eu risquei de vez as opções do meu caderninho, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja.
"Meu silêncio é o grito mais alto que alguém já deu"
" Tão bom morrer de amor e continuar vivendo"