Embaixo das suas mil camadas de interesses por tudo. Embaixo das mil peles de ansiedade. Existe o menino que nunca tiro do coração. Saudade. Banshee Beat é a música mais linda dessa tarde. E você o menino que nunca tiro do coração. Saudade.Você achando que sentíamos igual por causa do beijo profundo e do olhar dolorido. Você é o menino que nunca tiro do coração. Saudade. Você querendo tirar foto da minha sala. Como se viver fosse o seu turismo eterno. Você sanduíche e eu uma carne de minhocas apaixonadas. Você fazendo a dança do “levar o lixo lá fora” e eu deixando você ver como tenho medo de gostar. Você é o menino que não tiro do coração. Você querendo mandar fósforo pra queimar o presente que tinha acabado de mandar. Todas as suas grosserias e erros chegam sempre com graça. Você me ligando de madrugada. “Vou te processar se você escrever sobre mim”. Eu querendo escrever no céu, no peito de Deus, no meu fígado. Você indo embora dizendo não saber gostar só de mim. Eu pensando apenas que roupa colocaria pra quando você voltasse. O amor corre separado. Você longe de mim por país, por peito, por intenções. E nas músicas, nos livros, nas piadas de youtube, na pele dos outros, na minha ilusão. Você tocando alto o violão, fugindo da foto pra fazer o efeito borrado, me roubando da fila da livraria para um cantinho. Você pra sempre. Em todo espaço, em todo branco, em todo homem, você é o menino que não tiro do coração. Errado, distante, esquecido, apagado e pra sempre. Você me dizendo “não vou te fazer esperar, mas um dia…” Você a desgraça boazinha. Você o “um dia” que não foi quando o dia chegou. Ouço você através de tudo o que é bonito. Toco você em tudo que peço socorro ou só rotina. Você o menino que nunca tiro do coração. Pode ir pra longe, em paz, com ela, sem mim. Mas não esqueça que são 92 mil pessoas seguindo esse amor. E esse amor imenso é todo pra você.
Aponta pra fé e rema!
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Mesmas palavras já desgastadas pelo uso. Mesmo gesto mecânicos. Mesmo objetivos já ultrapassados. Amores blasé. A mesmice de sempre, pessoas repetitivas. Começo a criar um desgosto pelas relações humanas, e pelos relacionamentos. Fumo três cigarros por dia na esperanças de suprir esse vazio aqui no peito. Fumaça preenche, fumaça ocupa, fumaça mata. Eu sei, mas morrer para mim parece como uma luz no fim do túnel. Cada baforada de cigarro que dou na janela volta contra minha face. Vista embaçada, vidro embaçado. Chuva. Chuva. Merda de chuva. Ficar preso dentro dessa casa me corrói como ácido, nunca fui do tipo bicho-domesticado. Sou bicho-livre, cada dia um lugar. Cada lugar um grupo. Cada grupo um amor. Mutável. Promíscuo? Não, promiscuidade tem relação com sexo e eu falo aqui de sentimentos. Relação sentimental não sexual. Abri a porta e aquele vento frio bate no meu rosto.
– Chuva desgraçada – Pensei –, mas preciso comprar pão e algo para comer.
Cigarro e chuva, não é uma boa combinação. Não que seja perigosa, só não é gostosa. No meio da chuva não. Piso cada força como se estivesse matando um bicho-de-sete-cabeças. Libero minha raiva, mas continuo com essa agonia dentro do peito. A chuva tem esse poder sobre mim, me deixa preso em casa e conseqüentemente meus monstros saem da gaiola. Viro o playcenter na hora do terror. Preparem-se que a bruxa está solta. Cadáveres que pensei que estivessem em estado de decomposição surgem: zumbis. Vampiros sanguessugas vestidos de príncipes europeus. Fico sem reação esperando que alguém venha me salvar desses monstros ou que me acorde desse pesadelo. Merda! Esses carros passam rápidos e sempre me molham. Parece praga. Sábado chuvoso, no meio da tarde. Convites para festas, boates e encontros regados a bebidas e gente bonita. E eu indo comprar pão. Mas de que adianta sair para festa e voltar para casa sempre com o coração vazio. Se um dia voltar para casa com o coração aquecido e com um amor desses que valham à pena, ai sim recomendarei festas. Mas não, sempre a mesma coisa: Você se arruma como se nunca tivesse sido bonito, passa o perfume mais sedutor, vai para o tal lugar cheio-de-gente-afim-de-algo, sexo provavelmente, bebe, faz chame, encontra alguém, vai para casa ou motel ou qualquer lugar, mas sempre acaba na sua cama. Sozinho. Não minto, nem sou vidente. Prefiro o conforto da minha casa a sair pelas ruas atrás de uma ilusão, no fim termino no mesmo lugar.
- 4,70 senhor. – A mulher do caixa avisa com sua voz irritante. Cabelo horrível, sempre tenho vontade de falar. Nunca falo.
Essa padaria sempre foi assim. Gente chata, gente feia. Essa chuva irritante não passa, pelo menos em frente à padaria dá pra ficar esperando um pouco. Vou pegar uma puta de uma gripe. Foda-se. Cada vez mais sem saco para pessoas, acho que peguei o vírus da imunodeficiência de relações interpessoais. Um grande amor, para mim isso é piada. Brincadeira de mau gosto. Comigo sempre foi assim. Pegadinha, eu não te amo e agora estou te deixando. Grande amor, grande coisa isso.
- Com licença, acho que conheço você. Por acaso não estava naquele bar semana passada?
- Hã? Não sei, qual bar?
- Aquele que fica de frente a uma praça. Não me lembro o nome agora. Você estava tomando umas misturas estranhas. Estava com uma calça preta justa, uma camisa xadrez. Era você sim, não esqueceria.
- Ah, sei sim! Foi em um sábado não? Aquela noite que estava fria. Eu me lembro.
-Prazer, Tiago.
-Prazer, Ian.
Como você se lembra de mim tão bem?
-Algumas pessoas marcam. Mesmo se não falamos com elas. Possuem alguma certa marcar registrada. Seu sorriso, por exemplo, nunca irei tirá-lo da minha mente.
- Obrigado.Você é uma pessoa que dificilmente esquecerei.
- E por que deixaria que me esquecesse? Moras onde?
- Aqui perto. Umas duas ruas.
- Posso te acompanhar?
- Com prazer.
A chuva passou. Agora só umas nuvens querendo impedir o sol de aparecer. Mas, o sol sempre aparece. Agora minhas angústias vão embora. Volto a ser bicho-livre. E o amor? Bem, cada lugar um novo amor. Por que não?
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Eu não espero que você seja o-grande-amor-da-minha-vida, parei de acreditar nisso na terceira série. Não quero que você me faça chorar. Não quero que você seja um motivo ruim na minha vida. (…) Não quero que você me largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo.
Eu encontrei minha exclusividade por trás da minha falsa aparência e isso me faz lembrar todos os dias que ralar esses dedos até sangrar é muito melhor do que malhar a bunda numa esteira de academia e pertencer à tribo das meninas que nem precisam abrir a boca para chamar a atenção. E aliás, é bem melhor que elas não abram.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
"Às vezes acho que me fizeram capaz de sentir demais. E emanar demais o que é sentido, inclusive quando não faz sentido. E isso assusta, afugenta, por chamar atenção demais. Meus pensamentos são como um farol que não consegue se esconder na praia deserta. Ele sempre estará lá, ao alcance dos teus olhos, te impedindo de naufragar em mim. E não há nada capaz de me apagar.
Quase sempre eu penso que deveria parar de agir assim.
E eu não paro. Me para."
Quase sempre eu penso que deveria parar de agir assim.
E eu não paro. Me para."
"O sentimento que eu pulverizo em forma de palavra escrita abre espaço no meu peito para o que é novo. Me pego falando sozinho, perguntando pra mim mesmo até quando eu consigo sustentar por debaixo da minha cara sisuda o sorriso que me rasga a face de fora a fora. Talvez se eu te mostrasse tudo, tu passaria por cima de mais umas convicções. O caminho é agridoce, e começa debaixo desses lençóis dos quais a gente hesita tanto em sair.
Como está o meu romance? Planando como o teu, e procurando ventos novos para jamais colocar os pés no chão novamente."
Como está o meu romance? Planando como o teu, e procurando ventos novos para jamais colocar os pés no chão novamente."
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
"Sapato baixo, calça larga e cabelo preso. Esquentou e seus ombros tensos agradecem. Que cara bonita é essa? Já logo no elevador. Ah, devo ter dormido bem. Bom dia, bom dia. Olha, você está muito bonita hoje. Um fala, outro concorda. E pelos corredores, sorrisos dão continuidade aos elogios. O que é? Que segredo ela guarda? Que novidade é essa? Na cozinha perguntam: novo amor? No estacionamento perguntam: voltou com alguém? No restaurante, na hora do almoço: é alguém novo? Cruza com um namorado antigo “nossa, você tá muito... é o quê? Sexo? A noite toda? Conta, vai, eu agüento ouvir”. Contar o quê? No espelho, enquanto escova os dentes, fecha os olhos e sabe pra si o segredo: ninguém. Não gostar de ninguém. Nada. Nem um restinho de nada. Nem de tudo que acabou e nem de nada que possa começar. Nada. Pouco importa qualquer outra vida do mundo. Não é nem pouco, é nada mesmo. Um dia inteiro para achar gostosas coisas bobas como um pacote de pipoca doce, um tênis pink ou a hora do banho quente com músicas recém baixadas e o tapetinho vermelho. Um dia inteiro sem escravidão. O celular, o e-mail, o telefone de casa, o ar, o interfone, a rua. São o que são e não carrascos que nada dizem e nada trazem. Um coração calmo, se ocupando de mandar sangue para as horas felizes de trabalho, estudo, yoga, massagem, dormir, bobeiras, pilates, comer, rir, cabelo, filmes, comprar, trabalhar mais, ler, amigos . É isso. Uma agenda enorme que a ocupa de ser ela e não sobra uma linha de dia pra lamentar existências alheias. Linda, ela segue. Linda e feliz como nunca. O segredo do espelho, escovando os dentes, sozinha, aperta os olhos, segura a alma um pouco sem respirar. Segura a pasta pensando que é um pouco de alma consistente na boca. Não cospe, suporte. Ela pode finalmente suportar seu peso e não dividir isso nem com o ventinho que entra pela janela. Nem com o ralo que a espera boquiaberto. A sensação é a da manhã seguinte que o papai Noel deixava os presentes: não é mentira, é só um jeito de contar a verdade com algum encantamento."
"Quisera descansar meu peito como se houvesse outra vida em mim. Saber-me dona do meu tempo, repousada e calma na inspiração. Quisera encontrar abrigo numa paz maciça de esquecimentos. E que o dia não terminasse abrupto na eternidade do melhor momento. Mas há que se dizer de fases em que algumas frases vêm anoitecidas. E a força foge ao controle e a tristeza invade um bocado da vida.E o choro não resolve nada, nem nos desvencilha desse mar de dor. Se o peito de engasgado cala, quem será a voz a me falar de amor? Mas há que se dizer também que nunca uma frase dói a fase inteira. Palavra também amanhece e o pensamento tem que acordar junto. Por isso que o choro seca, que ao amor há entrega porque finda o luto. Descubro que em tempos de guerra o peito se cala, mas na poesia nunca fica mudo."
Um dia, um velhinho foi a uma de suas consultas periódicas ao médico, só que desta vez um pouco apressado.
O médico então lhe perguntou:
- Por que a pressa?
E ele respondeu:
- Todos os dias neste horário vou visitar minha esposa que está num asilo.
E o médico comentou:
- Que bom! Então vocês matam as saudades, conversam bastante, namoram um pouquinho!
E o velhinho diz:
- Não! Ela não me reconhece mais, por causa de sua doença.
O médico surpreso então pergunta:
- Então por que tanta pressa para vê-la, já que não o reconhece mais?
E com um sorriso no rosto, o velhinho responde:
- Ela não me reconhece, mas eu sim! Eu sei quem ela é e o que representa na minha vida há tantos anos. Por isso todos os dias eu a reconquisto, como se cada conquista fosse única e verdadeira. Este é o verdadeiro amor, INCONDICIONAL!
"Liga não, as pessoas são assim mesmo. Umas são o que são, outras fingem que são, algumas pensam que são, tem as que querem ser, as que não conseguem ser, as que precisam ser, as que cansaram de ser e as que vão ser… E tem muito mais, acredito. Mas a melhor de todas elas, são as que são e ainda nos fazem ser."
– Amar é perigoso.
– Sei disso – respondi – Já amei antes. Amar é como uma droga. No começo vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, você quer mais. Ainda não se viciou, mas gostou da sensação, e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada durante dois minutos e esquece por três horas. Mas aos poucos, você se acostuma com aquela pessoa, e passa a depender completamente dela. Então pensa por três horas, e esquece por dois minutos. Se ela não está perto, você experimenta as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem a droga. Neste momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, você está disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.
– Sei disso – respondi – Já amei antes. Amar é como uma droga. No começo vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, você quer mais. Ainda não se viciou, mas gostou da sensação, e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada durante dois minutos e esquece por três horas. Mas aos poucos, você se acostuma com aquela pessoa, e passa a depender completamente dela. Então pensa por três horas, e esquece por dois minutos. Se ela não está perto, você experimenta as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem a droga. Neste momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, você está disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.
"Diariamente eu chego a simples conclusão de que a vida é tão maravilhosa porque também é feita de colos, de feridas que cicatrizam, de amigos que celebram ou choram junto, de gente que pega ônibus ou faz caminhada pela manhã, de quem planta o que se pode comer, de vizinhos que alimentam seus gatos com comida de gente. Que a vida é feita de algumas pessoas que direcionam todo o seu potencial criativo para melhorar a qualidade de vida de gente que eles nem conhecem. Que é feita de e-mails que chegam recheados de saudade e de cartas extraviadas solitárias numa gaveta de um correio qualquer. De muros e pontes e cais. De aviões que suprimem distâncias e de barcos que chegam. De bicicletas que atravessam cidades. De redes que balançam gente. De rostos que recebem beijos. De bocas que beijam. De mãos que se dão. Que existem pessoas altamente gostáveis, altamente generosas, pessoas conectadas que se preocupam com o lixo, pessoas apaixonadas e apaixonantes, possíveis e impossíveis, pessoas que se entregam, pessoas que machucam, pessoas que chegam pra curar; desencadeadores de poemas, de sorrisos, de lições de vida que ficarão guardadas para sempre. A vida é tão maravilhosa porque ela nos compensa com ela mesma."
“Desejo a vocês: Fruto do mato. Cheiro de jardim. Namoro no portão. Domingo sem chuva. Segunda sem mau humor. Sábado com seu amor. Filme do Carlitos. Chope com amigos. Crônica de Rubem Braga. Viver sem inimigos. Filme antigo na TV. Ter uma pessoa especial, e que ela goste de você. Música de Tom com letra de Chico. Frango caipira em pensão do interior. Ouvir uma palavra amável. Ter uma surpresa agradável. Ver a Banda passar. Noite de lua cheia. Rever uma velha amizade. Ter fé em Deus. Não ter que ouvir a palavra não, nem nunca, nem jamais e adeus. Rir como criança. Ouvir canto de passarinho. Sarar de resfriado. Escrever um poema de Amor que nunca será rasgado. Formar um par ideal. Tomar banho de cachoeira. Pegar um bronzeado legal. Aprender um nova canção. Esperar alguém na estação. Queijo com goiabada. Pôr-do-Sol na roça. Uma festa. Um violão. Uma seresta. Recordar um amor antigo. Ter um ombro sempre amigo. Bater palmas de alegria. Uma tarde amena. Calçar um velho chinelo. Sentar numa velha poltrona. Tocar violão para alguém. Ouvir a chuva no telhado. Vinho branco. Bolero de Ravel. E muito carinho meu.”
"Uma mulher infeliz por ter amor de menos, outra, infeliz por ter amor demais, e o amor injustamente crucificado por ambas. Coitado do amor, é sempre acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplesmente por ter acontecido em nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve. E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí é o luxo supremo. Qualquer amor merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, não é ele, somos nós."
E depois do quarto encontro, o encontro no quarto, você me perguntou se podia ficar. E eu quis te perguntar se pra ir embora você também precisaria da minha permissão. - Começar é sempre mais fácil. Os fins são difíceis, pra mim. - Eu te disse pra continuar, mas não por mais seis minutos e sim, mais seis vidas. Quis te dizer que já tinha pensado no nome dos nossos filhos, e como eles iam parecer com você. Quis te dizer da casa, das cores, dos outros quartos… Daí você sorriu, e eu, deitada no seu peito lembrei daquela velha lição: ‘um dia por vez’. Então, hoje você fica aqui em casa, amanhã a gente casa e nos nomes pros filhos eu penso depois…
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
{...} Eles pareciam saber que quando o amor era grande demais e quando um não podia viver sem o outro, esse amor não era mais aplicável: nem a pessoa amada tinha capacidade de receber tanto. Lóri estava perplexa ao notar que mesmo no amor tinha-se que ter bom senso e senso de medida. Por um instante, como se tivessem combinado, ele beijou sua mão, humanizando-se. Pois havia o perigo de, por assim dizer, morrer de amor.
"Acordar ao seu lado, esse eterno amanhecer por dentro, um sol interno tão aceso, essa alegria gratuita. E existe algo em nós que é tão recíproco, cúmplice e intenso. Dos nossos olhares que dizem tanto sobre tudo, silenciosamente. Um movimento de corpo que é tão ao encontro o tempo todo. Da compreensão e paciência a que nos dedicamos diariamente. E o amor que permeia tanta poesia, e a poesia que se entrega inteira pras palavras que querem dizer do abraço. Seu corpo tão moldado ao meu, natureza líquida de água e jarro. Você me conduzindo à fonte de todas as coisas, lá onde o desejo se origina. E nada míngua com o passar do tempo e mesmo acreditando não ter mais espaço, cresce, flui, se imensa clareando o que era escuro e frio. Cada vez mais e mais eu preciso dizer do amor. Dessa ternura delicada. Cada vez mais o amor sendo a melhor experiência. Cada vez mais eu percebendo que se nada no mundo é definitivo, nossa história eu sei perene. Uma primavera inaugurada a cada dia. E mesmo que nada possa ser eterno, mesmo que o "pra sempre" não exista, eu sei que vou seguir te amando, pelo menos, pelos próximos 99 invernos.
(E se ainda eu não consigo explicar você pra mim, eu simplesmente aceito e agradeço)."
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Quando eu tiver minha filha, vou ensina-la que príncipes encantados existem sim, mas não como nos livros, como nos contos de fadas. O verdadeiro príncipe encantado, na maioria das vezes não tem um cavalo, ou até um carro, mas isso não importa, ele vai até a sua casa a pé, só pra ver você. O príncipe encantado não precisa ter as melhores roupas, roupas de gala, pra ser um príncipe. Ele tem que tratar uma garota bem, com respeito, sem magoá-la. Vou ensinar a minha filha, que o príncipe deve ser gentil, e trata - lá com carinho. Que o verdadeiro príncipe é fiel, não trai, não machuca o coração da princesa. Direi a ela, porém, que encontrar um príncipe é muito difícil, não irei iludi-la, como fizeram comigo. E se ela perguntar se já conheci um príncipe, terei a felicidade de dizer que sim, e que ela pode ter orgulho em chamar o meu príncipe, de pai!
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Si43A-H8SMs PRECISAMOS ficar mais atentos ao Brasil. Pense no Brasil em que seu neto vai crescer.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
E a quanto tempo você precisa desse amor pra viver? O erro na verdade é supor que a vida termina no momento em que o amor acaba; que engano. Você certamente ainda terá ar pra respirar. Você certamente ainda terá um coração batendo no peito, mesmo que lentamente; ele ainda baterá. Já imaginou que ninguém é tão indispensável? Já parou pra pensar que sua felicidade só depende de você? Que tolice imaginar que sua vida depende de outra pessoa. É mais saudável acreditar em si mesmo. É mais saudável se amar, se querer, se apaixonar por você toda manhã. Liberte-se da idéia de que amor é pra sempre. Alguns relacionamentos duram muito. Outros acabam em pouco tempo. As pessoas estão constantemente se apaixonando por outras, e vivendo histórias lindas ou não. Que tal secar as lágrimas e sorrir pra alguém?
Bem – me - quer, mal – me - quer, bem – me - quer, mal – me – quer, bem – me - quer, mal – me - quer, bem – me - quer, mal – me – quer! mal – me – quer? – dessa vez não ta valendo.
(arranca outra flor de sei lá o quê)Bem – me - quer, mal – me - quer, bem – me - quer, mal – me – quer, bem – me - quer, mal – me - quer, bem – me - quer, mal – me – quer, bem – me – quer! – Ele me ama – Gritou e suspirou. Sorriu um sorriso daqueles que se dá quando a alma também sorri. Sorriu por dentro e por fora.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Mas agora, tantos anos depois, não saberia se tive mesmo vontade de chamar ali, ao meio-dia de uma tarde de Peixes, ou se repetiria depois baixinho, à noite, sozinho na cama, no mesmo quarto com o irmão mais velho, nessa noite ou em todas as outras depois dessa, à medida que o verão fosse indo embora e as noites todas se tornassem mais e mais frias, junho, julho, agosto adentro, enrolado em cobertores, vida afora repetindo: "Volta, Beatriz, volta que eu cuido de ti e dou um jeito qualquer de tu ficares boa e então nós podemos ir embora para a África ou Oceania ou Eurásia ou qualquer outro lugar onde tu possas ficar completamente boa do meu lado e para sempre, volta que eu te cuido e não te deixo morrer nunca."
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Eu penso o tempo todo, por que você me deixa com a pulga atrás da orelha, um pé na frente e o outro atrás?
E me deixando solta. Mas me prendendo tanto. Que pra me ganhar é só olhar no meu olhar. Seu olhar mergulhar.
E me levanto cedo, te espero acordar. E brindo logo com um beijo, e por que não brindar?
Fazendo brincadeiras. Seu Jeito de amar, que pra me hipnotizar, é só olhar no meu olhar. Seu olhar mergulhar.
E me deixando solta. Mas me prendendo tanto. Que pra me ganhar é só olhar no meu olhar. Seu olhar mergulhar.
E me levanto cedo, te espero acordar. E brindo logo com um beijo, e por que não brindar?
Fazendo brincadeiras. Seu Jeito de amar, que pra me hipnotizar, é só olhar no meu olhar. Seu olhar mergulhar.
"Comparando minha vida antes de te conhecer e entendendo que o tempo teceu uma linha reta com todo mundo que entrou e saiu dela. Entendendo que as relações duradouras são só pra quem se ama com amor. Tu foi um desvio nessa linha reta, e eu tenho sido feliz por ter aprendido a diferença de "amar com amor". A gente se ama com um amor que nem a gente mesmo sabe. É indefinível como conheceste minhas falhas e nunca deixaste de lutar para estar na minha vida. Nunca deixei de te mostrar nenhuma parte de mim, até mesmo meu lado escuro... Me surpreendo como tu não se assustou e se recusou a estar comigo. Os meus olhos não vêem um só lugar onde você não esteja. Você me colocou em mim mesma, todo dia um pouco. Nosso amor me salvou e tem me salvado, não tem me deixado cair em desespero nunca. Me curou sucessivas vezes dos males da vida e principalmente dos meus próprios. "Hoje eu me sinto tão bem, a liberdade surte efeito." lembra? Eu não soube te dizer que a essa era a liberdade que você me deu: Me deixando ver você ser de carne, osso, sangue - acabei sendo também - unica e exclusivamente pra você! A gente vai gritar e se decepcionar um com o outro nos próximos 80 dias ou 80 anos. Mas você podeme decepcionar, você pode gritar e ser inteiramente você. porque eu não vou te abandonar. Eu amo você COM AMOR. E é por você que eu continuo me amando, todo dia.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Você já viu o amor? Pergunto isso porque eu, particularmente, nunca tinha visto esse senhor. Afinal será que o amor é algo para se ver? Creio que não seria o caso. Ou pelo menos nada me levava a crer. Também não me refiro a esse amor carnal apaixonado, dos amantes calientes, porém, frágil, superficial. Nem dos falsos amigos que te “amam” somente nas festas, na alegria mas quando você derrama lágrimas correntes percebe que aquela amizade era uma tênue fantasia. Você só verá o amor nas pessoas que te cercam na dor, na doença, no desespero, na sombra, na total falta de crença… Pois há doenças que para encarar com paciência seria quase impossível, mas se há amor, a calma vem, assim como a clemência.
"Depois de pensar um pouco, ela viu que não havia mais motivo e nem razão, e pode perdoá-lo. É fácil culpar os outros, mas a vida não precisa de juízes. A questão é sermos razoáveis. E por isso voltou. Porque sempre o amou, mesmo levando a dor daquela mágoa. Mas segurando a sua mão sentiu sorrir seu coração e amou como nunca havia amado. Mas como começar de novo se a ferida que sangrou acostumou a me sentir prejudicado? É só você lavar o rosto e deixar que a água suja leve longe do seu corpo o infeliz passado."
(A minha gratidão é uma pessoa - Nando Reis)
(A minha gratidão é uma pessoa - Nando Reis)
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Gigante, Steve Jobs!
Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.
A primeira história é sobre ligar os pontos.
Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.
Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro."
Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.
Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.
Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.
Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.
Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.
Minha segunda história é sobre amor e perda.
Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.
E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.
Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale do Silício.
Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.
A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.
E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.
Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.
Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.
Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.
Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último." Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.
Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.
Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.
Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.
Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.
E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.
Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.
Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:
"Continue com fome, continue bobo."
Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.
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