Aponta pra fé e rema!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Eu lembrei agora que minha mãe me dava Sustagem quando eu ficava assim, tão assustadoramente encantada pelo mistério das coisas. E ela temia que eu desintegrasse. E agora? Como faz quando se é adulta? Qual é a sustagem de agora para que eu não desintegre? 

sábado, 17 de novembro de 2012


“Me dei mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas… existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor, que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente, e olhe pra ele, olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco… mas faz um bem danado depois que passa. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço, meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama.” 


“Foi quando o eu te amo deixou de ser surpresa, virou o nosso bom dia. E não parecia amor, parecia falta do que dizer.”

:/
"...a gente vira dor para não virar fim."

“Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz e atrás dessa mulher mil homens, sempre tão gentis. Por isso, para o seu bem, ou tire ela da cabeça ou mereça a moça que você tem.


“Tem que sofrer muito minha filha, tem que ser largada por um milhão de homens e vê se aprende que amor não se implora. Vê se aprende que se ele gosta, uma frase no orkut não significa nada. Vê se aprende que se ele não gosta, você pode escrever até o RG dele no seu facebook, ele nem vai ter a capacidade de ler. Aprende. Aprende. Aprende que dói menos.


“Primeira estrela que vejo, lembrei, realiza o meu desejo. Pedi sete vezes em voz alta, não havia ninguém por perto para olhar e talvez rir. Força e fé, que tinha perdido, eu pedi.”


“Hoje eu vi que o seu coração é pequeno demais pra conter o meu amar…”


“Mulher não desiste, se cansa. A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem ‘E se’ ! A gente completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você. Enquanto a gente enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus! Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, a gente parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! A gente entende e respeita seu jeito, desde que você supra pelo menos o mínimo das nossas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Somos damas, somos dramas, acostumem-se. Mulher não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver aguentar o tranco de conquistar corpo e alma, até o final.”

terça-feira, 13 de novembro de 2012

"Hoje eu não quero conversas vestidas de uniforme. Diálogos impecavelmente arrumados que não deixam o coração à mostra. As palavras podem sair de casa sem maquiagem. Podem surgir com os cabelos desalinhados, livres de roupas que as apertem, como se tivessem acabado de acordar. Dispensa-se tons acadêmicos, defesas de tese, regras para impressionar o interlocutor. O único requinte deve ser o sentimento. É desnecessário tentar entender qualquer coisa. Tentar solucionar qualquer problema. Buscar salvamento para o quer que seja.

Hoje eu não quero falar sobre o quanto o mundo está doente. Sobre como está difícil a gente viver. Sobre as milhares de coisas que causam câncer. Sobre as previsões de catástrofes que vão dizimar a humanidade. Sobre o quanto o ser humano pode ser também perverso, corrupto, tirano e outras feiuras  Sobre os detalhes das ações violentas noticiadas nos jornais. Não quero o blablablá encharcado de negatividade que grande parte das vezes não faz outra coisa além de nos encher de mais medo. Não quero falar sobre a hipocrisia que prevalece, sob vários disfarces, em tantos lugares. Hoje, não. Hoje, não dá. Não me interessam o disse-que-disse, os julgamentos, a investigação psicológica da vida alheia, os achismos sobre as motivações que fazem as pessoas agirem assim ou assado, o dedo na ferida.

Hoje eu não quero aquelas conversas contraídas pelo receio de não se ter assunto. A aflição de não se saber o que fazer se ele, de repente, acabar. O esforço de se falar qualquer coisa para que a nossa quietude não seja interpretada como indiferença. Hoje eu não quero aquelas conversas que muitas vezes acontecem somente para preenchermos o tempo. Para tentarmos calar a boca do silêncio. Para fugirmos da ameaça de entrar em contato com um monte de coisas que o nosso coração tem pra dizer. Além do necessário, hoje não quero falar só por falar nem ouvir só por ouvir. Que a fala e a escuta possam ser um encontro. Um passeio que se faz junto. Um tempo em que uma vida se mostra para a outra, com total relaxamento, sem se preocupar se aquilo que é mostrado agrada ou não. Se aumenta ou diminui os índices de audiência. 

Hoje, se quiser, se puder, se souber, me fala de você. Da essência vestida com essa roupa de gente com a qual você se apresenta. Fala dos seus amores, tanto faz se estão perto do seu corpo ou somente do seu coração. Fala sobre as coisas que costumam fazer você sintonizar a frequência do seu riso mais gostoso. Fala sobre os sonhos que mantêm o frescor, por mais antigos que sejam. Fala a partir daquilo em você que não desaprendeu o caminho das delícias. Do pedaço de doçura que não foi maculado. Da porção amorosa que saiu ilesa à própria indelicadeza e à alheia. A partir daquilo em você que continuou a acreditar na ternura, a se encantar e a se desprevenir, apesar de tantos apesares. Conta sobre as receitas que lhe dão água na boca. Sobre o que gosta de fazer para se divertir. Conta se você reza antes de adormecer.

Hoje, me fala de você. Dos momentos em que a vida lhe doeu tanto que você achou que não iria aguentar. Fala das músicas que compõem a sua trilha sonora. Dos poemas que você poderia ter escrito, de tanto que traduzem a sua alma. Senta perto de mim e mesmo que estejamos rodeados por buzinas, gente apressada, perigos iminentes, faz de conta que a gente está conversando no quintal de casa, descascando uma laranja, os pés descalços, sem nenhum compromisso chato à nossa espera. A gente já brincou tanto de faz-de-conta quando era criança, onde foi que a gente esqueceu como se chega a esse lugar de inocência? Fala da lua que você admirou outra noite dessas, no céu. Da borboleta que lhe chamou à atenção por tanta beleza, abraçada a alguma flor, como se existisse apenas aquele abraço. Diz se quando você acorda ainda ouve passarinhos, mesmo que não possa identificar de onde vem o canto. Diz se a sua mãe cantava para fazer você dormir.

Senta perto e me conta o que você sentiu quando viu o mar pela primeira vez e o que sente quando olha pra ele, tantas vezes depois. Se tinha jardim na casa da sua infância, me diz que flores riam por lá. Conta há quanto tempo não vê uma joaninha. Se tinha algum apelido na escola. Se consegue se imaginar bem velhinho. Fala da sua família, a de origem ou a que formou. Das pessoas que não têm o seu sobrenome, mas são familiares pra sua alma. Fala de quem passou pela sua vida e nem sabe o quanto foi importante. Daqueles que sabem e você nem consegue dizer o tamanho que têm de verdade. Fala daquele animal de estimação que deitava junto aos seus pés, solidário, quando você estava triste. Diz o que vai ser bacana encontrar quando, bem lá na frente, olhar para o caminho que fez no mundo, em retrospectiva.

Podemos falar abobrinhas, desde que sejam temperadas com riso, esse tempero que faz tanto bem. A gente pode rir dos tombos que você levou na rua e daqueles que levou na vida, dos quais a gente somente consegue rir muito depois, quando consegue. A gente pode rir das suas maluquices românticas. Das maiores encrencas que já arrumou. Das ciladas que armaram para você e, antes de entender que eram ciladas, chegou até a agradecer por elas. De quando descobriu como são feitos os bebês. A gente pode rir dos cárceres onde se prendeu e levou um tempo imenso pra descobrir que as chaves estavam com você o tempo todo. Das vezes em que se sentiu completamente nu diante de um Maracanã, tamanha vergonha, como se todos os olhos do mundo estivessem voltados na sua direção. Das mentiras que contou e acreditaram com facilidade. Das verdades que disse e ninguém levou a sério.

Não precisa ter pauta, seguir roteiro, deixa a conversa acontecer de improviso, uma lembrança puxando a outra pela mão, mas conta de você e deixa eu lhe contar de mim. Dessas coisas. De outras parecidas. Ouve também com os olhos. Escuta o que eu digo quando nem digo nada: a boca é o que menos fala no corpo. Não antecipe as minhas palavras. Não se impaciente com o meu tempo de dizer. Não me pergunte coisas que vão fazer a minha razão se arrumar toda para responder. Uma conversa sem vaidade, ninguém quer saber qual história é a mais feliz ou a mais desditosa.

Hoje eu quero conversar com um amigo pra falar também sobre as coisas bacanas da vida. As miudezas dela. A grandeza dela. A roda-gigante que ela é, mesmo quando a gente vive como se estivesse convencido de que ela é trem-fantasma o tempo inteiro. Um amigo pra falar de coisas sensíveis. Do quanto o ser humano pode ser também bondoso, honesto, afetuoso, divertido e outras belezas. Dos lugares onde nossos olhos já pousaram e daqueles onde pousam agora. Um amigo para conversar horas adentro, com leveza, de coisas muito simples, como a gente já fez mais amiúde e parece ter desaprendido como faz. Um amigo para se conversar com o coração.

E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras."

Ana Jácomo

terça-feira, 6 de novembro de 2012


"E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras."

"Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando amanheço revigorada e anoiteço tranquila. Quando consigo manter uma relação mais gentil com as lembranças difíceis que, às vezes, ainda me assombram. Quando posso desfrutar do contentamento mesmo sabendo que existem problemas que aguardam eu me entender com eles. Quando não peço nada além de força para prosseguir, por acreditar que, fortalecida, eu posso o que quiser, em Deus."

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

..."Eu queria ligar pra você, e te falar sem pausas tudo que eu ensaio toda vez que você me magoa, mas nunca digo pra não te magoar, afinal você não me faz mal por mal, e talvez esse seja o pior mal que se possa fazer a alguém, tão natural. Bobagem, como se algum ensaio no mundo fosse me deixar firme depois do seu 'alô'. Então é isso, tô te escrevendo! Sempre fui mais segura com as palavras. Tô te escrevendo pra talvez um dia te enviar, mas to escrevendo. E não é sobre você dessa vez, é sobre mim. Sobre o quanto eu sou boa, igual a mim tá difícil meu bem! Sobre como eu não preciso usar cinco centímetros de saia e um decote no umbigo pra ser mulher; Sobre como, ainda assim, só eu sei fazer de você um homem. Sobre muitas coisas, mas principalmente, sobre quantos homens eu poderia estar saindo nesse exato minuto. Não é com você, é comigo sabe? Por exemplo, EU te idealizo nesse momento como o melhor, não que você seja. Acho legal você brincar com a sorte, mas se eu fosse você não teria tanta certeza da minha posse assim! Talvez ninguém tenha te avisado ainda, então desculpa se eu vou te dar essa notícia sem te preparar antes, mas a porra do mundo não gira em torno do seu umbigo! Ficou chocado? Acontece. Só queria te dá um conselho, em nome da nossa amizade e meu carinho por você, tira uma mão da liberdade e segura um terço. Fica assim, agarrado nas duas coisas sabe? E reza, reza muito pra não aparecer ninguém que mexa comigo enquanto você fica brincando de não saber o que quer. Porque eu sou amor, e ainda que não seja o seu, essa é a minha essência! E você não deve acreditar muito nessa ideia, pelas tantas vezes que eu quase fui, mas um dia eu vou... sempre foi assim! M  as deixa eu te contar um segredo: se eu for, eu não volto."

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

''Seja forte, siga em frente, respire fundo, e perceba a importância de se ter braços vazios, pra que se possa ter espaço em si para abraçar o mundo.''

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Solidão prolongada me ensinou a ser exigente. Quando me tornei minha melhor companhia, só me apaixonei por pessoas absolutamente incríveis.
"Que a minha intensidade não me impeça de respirar vezenquando, pois suspiro o tempo todo pra encontrar espaço nesse peito que já nem se cabe. Que essas explosões de vida, de beleza e dor me permitam ao menos, por alguns momentos, absorvê-las com tranqüilidade: para que eu consiga dormir sem ter de chorar ou gargalhar até a exaustão, pois sinto falta de apenas lacrimejar ou sorrir sem contrações, descontraída. Que a felicidade não me doa sempre e tanto, a ponto de assustar. Que haja alguma suavidade nos meus olhos diante do cotidiano e que eu não me emocione exageradamente com esta delicadeza. Que eu possa contemplar o mar sem que ele me afogue por completo. Que eu possa olhar o céu imenso e que isso não me aniquile por lucidez extrema... Que eu não viva só em caixa alta, com esses gritos que arranham silêncios e desgovernam melodias. Que eu saiba dizer sem que isso me machuque demais. Que eu saiba calar sem que isso me provoque uma tagarelice interna inquieta. Que eu possa saber dessa música apenas que ela se comunica com algo em mim, nada mais. Que eu possa morrer de amor e, ainda sim, ser discreta. Que eu possa sentir tristeza sem que ela se aposse de toda a minha alegria. E que, se um dia eu for abandonada pelo amor, não deixe que esse abandono seja para sempre uma companhia."
Acordar ao seu lado, esse eterno amanhecer por dentro, um sol interno tão aceso, essa alegria gratuita. E existe algo em nós que é tão recíproco, cúmplice e intenso. Dos nossos olhares que dizem tanto sobre tudo, silenciosamente. Um movimento de corpo que é tão ao encontro o tempo todo. Da compreensão e paciência a que nos dedicamos diariamente. E o amor que permeia tanta poesia, e a poesia que se entrega inteira pras palavras que querem dizer do abraço. Seu corpo tão moldado ao meu, natureza líquida de água e jarro. Você me conduzindo à fonte de todas as coisas, lá onde o desejo se origina. E nada míngua com o passar do tempo e mesmo acreditando não ter mais espaço, cresce, flui, se imensa clareando o que era escuro e frio.Cada vez mais e mais eu preciso dizer do amor. Dessa ternura delicada. Cada vez mais o amor sendo a melhor experiência. Cada vez mais eu percebendo que se nada no mundo é definitivo, nossa história eu sei perene. Uma primavera inaugurada a cada dia. E mesmo que nada possa ser eterno, mesmo que o "pra sempre" não exista, eu sei que vou seguir te amando, pelo menos, pelos próximos 99 invernos.

(E se ainda eu não consigo explicar você pra mim, eu simplesmente aceito e agradeço).

Marla de Queiroz

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

“Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que foram e me fizeram. Olhos de ressca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e energético, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me as partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve.”

Dom Casmurro, Machado de Assis

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

"A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade."

"E agora eu vejo, que fiz tudo que podia por você, mas nunca, nunca era o suficiente."

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.
sharehere
“”

— Mania de amarrotar o cabelo. Mania de sorrir quando sente alguém olhando demais. Mania de coçar os olhos e olhar o visor do celular como se houvesse chegado alguma coisa e não viu. Mania de estudar escutando música e revirar os olhos sempre que escuta, ouve ou vê alguma bobagem. De sorrisos, de olhares, de vozes e cheiros. Mania de achar que nem tudo é aquilo que se vê. De imaginar situações com quem nunca viu e se arrepiar, sorrir, se desesperar por isso. Mania de fechar os olhos antes de dormir e te desejar "boa noite" em pensamento, "dorme bem, sonha comigo, te quero muito e bem"

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Acredito no seguinte: o olho das pessoas que gostam de você sempre vai brilhar quando alguma coisa boa te acontece. Se ele não brilha, meu amigo, “há algo errado no paraíso”.
Porque não sei me dar pela metade, nem por partes. Eu transbordo…
Quer? Então pega. Pega por inteiro. Minha parte boa, minha parte chata, minha parte cinza-chumbo. Crise de tpm, crise existencial, crise de riso, crise de choro. Não queira só um lado ou só algumas partes. Se quer (quer mesmo?), queira tudo. Completa e complicada. Simples e confusa. Dramática e exagerada. Não gosto de partes, gosto da coisa inteira. Metades não me agradam. Não me atraem. Não me satisfazem. Se eu te quero, quero 100%. Inteirinho. Com teu lado cretino e bonzinho. Com teu jeito arrogante e descontrolado. Tua doçura e acidez. Não me vem com mais ou menos. Nem vem. Nem, nem. Comigo é tudo ou nada. Mesmo. Quer?
A gente demora pra aceitar, arruma novecentas desculpas para a falta de jeito do outro.

 "Ah, ele é confuso. Ah, ele está tenso. Ah, ele tem medo. Ah, ele é maluco. Ah, ele isso. Ah, ele aquilo."

 Desculpa, mas quem quer estar junto pensa "ah, que saudade. Ah, que falta ela me faz."

Quem gosta, gosta. Sem complicações. Sem armações e armaduras.

“Ando um pouco para dentro, não sei se você entende. Me fechei um pouco, de tudo. Me abri para mim, me fechei para o resto. Ainda não sei se é certo ou no que vai dar, mas garanto que estou me descobrindo um pouco.”

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Fui tentar deixar de te olhar, bonito é o teu vôo
mas nao deixo de andar com os pés no chão.
Estudo o abstrato das estrelas, tê-las olhando pra mim me lembra...

Você não precisa ter salário maior do que o amor
Encontre no vento um lugar para deitar teu coração
Tente um pouco mais acreditar no almejado
Siga em frente e se tropeçar tome um banho de mar, que é pra esclarecer
Tome um banho de mar, que é pra espairecer
Pra que fui eu? Sou louco por...

Você não precisa ter salário maior do que o amor
Construa no tempo um lugar que é pra abrigar teu coração
E se eu for prever a dor, desconhecer o sabor de me arriscar?
Aprender a viver é viver para aprender, sem parar de buscar
E me entenda, por favor
Sou devoto seguidor... do amor por voar
E se eu não ver no outro alguém pra dividir
fugir? eu não vou dar as costas para a dor
Na prosa com o silêncio que grita a te chamar
eu peço: ai, Deus! olhe o meu caminhar

Mas se você disser que virá, e será uma parte de mim,
um pedaço de mim, tudo vai melhorar

Mas se você disser que virá, me buscar eu volto pra ti,
eu volto pra ti sem nem reclamar

Faz parte do segredo ter que se acostumar com as tolices dos que comem caviar
E se tu me proibes não vou me aproximar.
Não há de ouvir já mais palavras de amor
Mas se você vier e quiser voltar
pr'aquele lugar e recomeçar...Tudo vai melhorar

Tá faltando maquiagem, vergonha e tapa na cara de muita gente!

Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo. Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso. Confesso que agora só espero você.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Qualquer amor já é
um pouquinho de saúde
um montão de claridade
contribuição
pra cura dos problemas da cidade

Qualquer amor que vem
desse vagabundo e bobo
coração atrapalhado
procurando o endereço
de outro coração fechado

Amor é pra quem ama
Amor matéria-prima
A chama
O sumo
A soma
O tema

Amor é pra quem vive
Amor que não prescreve
Eterno
Terno
Pleno
Insano

Luz do sol da noite escura
"qualquer amor já é
um pouquinho de saúde
um descanso na loucura"
Não canto mais Babete nem Domingas, nem Xica nem Tereza, de Ben Jor; nem Drão nem Flora, do baiano Gil, nem Ana nem Luiza, do maior; já não homenageio Januária, Joana, Ana, Bárbara de Chico; nem Yoko, a nipônica de Lennon, nem a cabocla de Tinoco e de Tonico. Nem a tigresa nem a Vera Gata nem a branquinha de Caetano; nem mesmo a linda flor de Luiz Gonzaga, Rosinha, do sertão pernambucano; Nem Risoflora, a flor de Chico Science, nenhuma continua nos meus planos; nem Kátia Flávia,de Fausto Fawcett; nem Anna Júlia do Los Hermanos

Só você, hoje eu canto só você; só você que eu quero porque quero, por querer.

Não canto de Melô Pérola Negra, de Brown e Herbert, nem uma brasileira; De Ari, nem a baiana nem Maria, nem a Iaiá também, nem minha faceira; de Dorival, nem Dora nem Marina nem a morena de Itapoã; divina garota de Ipanema, nem Iracema, de Adoniran. De Jackson do Pandeiro, nem Cremilda; de Michael Jackson, nem a Billie Jean; de Jimi Hendrix, nem a doce Angel; nem Ângela nem Lígia,de Jobim; nem Lia, Lily Braun nem Beatriz, das doze deusas de Edu e Chico; até das trinta Leilas de Donato e da Layla, de Clapton, eu abdico.

Só você, canto e toco só você; só você, que nem você ninguém mais pode haver.

Nem a namoradinha de um amigo e nem a amada amante de Roberto; e nem Michelle-me-belle, do beattle Paul, nem Isabel - Bebel - de João Gilberto; nem B.B., la femme de Serge Gainsbourg, nem, de Totó, na malafema, nem a Iaiá de Zeca Pagodinho, nem a mulata mulatinha de Lalá; e nem a carioca de Vinícius e nem a tropicana de Alceu e nem a escurinha de Geraldo e nem a pastorinha de Noel e nem a namorada de Carlinhos e nem a superstar do Tremendão e nem a malaguenha de Lecuona e nem a popozuda do Tigrao

Só você, hoje elejo e elogio só você; só você, que nem você não há nem quem nem quê.

De Haroldo Lobo com Wilson Batista, de Mário Lago e Ataulfo Alves, não canto nem Emília nem Amélia, nenhuma tem meus ''vivas'' e meus ''salves''! E nem Angie,do stone Mick Jagger; e nem Roxanne, de Sting, do Police; e nem a mina do mamona Dinho e nem as mina? pá! - do mano Xiz! Loira de Hervê, Loira do É O Tchan, lora de Gabriel, o Pensador; Laura de Mercer, Laura de Braguinha, Laura de Daniel, o trovador; Ana do Rei e Ana de Djavan, Ana do outro Rei, o do Baião;

nenhuma delas hoje cantarei, só outra reina no meu coração: Só você, rainha aqui é só você; só você, a musa dentre as musas de A a Z.

Se um dia me surgisse uma moça dessas que, com seus dotes e seus dons, inspira parte dos compositores na arte das palavras e dos sons, tal como Madallene, de Jacques Brel ou como Madalena, de Martinho ou Mabellene e a sixteen de Chuck Berry ou a manequim do tímido Paulinho ou como, de Caymmi, a moça prosa e a musa inspiradora Doralice; se me surgisse uma moça dessas, confesso que eu talvez não resistisse; mas, veja bem, meu bem, minha querida, isso seria só por uma vez. Uma vez só em toda a minha vida, ou talvez duas, mas não mais que três!

Só você, mais que tudo é só você; só você, as coisas mais queridas você é: Você pra mim é o sol da minha noite, é como a rosa luz de Pixinguinha; é como a estrela pura aparecida, a estrela a refulgir do Poetinha; você, ó floré como a nuvem calma no céu da alma de Luiz Vieira; você é como a luz do sol da vida de Stevie wolmis, ó minha parceira. Você é pra mim o meu amor crescendo como mato em campos vastos; mais que a Gatinha pra Erasmo Carlos, mais que a cigana pra Ronaldo Bastos, mais que a divina dama pra Cartola, que a domna pra Ventadorn; que a Honey Baby para Waly Salomão e a Funny Valentine para Lorenz Hart!

Só você, mais que tudo e todas, é só você; só você que é todas elas juntas num só ser!

terça-feira, 29 de maio de 2012

"Quem amamos sempre deixamos para depois. Porque é da família e vai entender a urgência de nosso trabalho. "Um minutinho, meu filho. Já te ligo, amor. Agora estou ocupado. É uma ligação importante." Só que o filho cresce e para de nos procurar. Só que o pai morre e não descobrimos o que ele queria. Só que a esposa se cansa da solidão e pede o divórcio! Reclamamos da fila da Previdência, da fila do... SUS, da fila dos bancos. Mas os familiares vivem em fila para serem atendidos dentro de casa. É a fila do amor que não anda. Do amor que pensa que terá tempo em seguida. O tempo adiante será o mesmo tempo de agora, a mesma falta de tempo. Filhos pequenos são mendigos em seus quartos, esperando que você desligue o telefone, que você preste atenção. Maltratamos quem a gente gosta com adiamentos e desculpas. A vida passa e a promessa de conversa não se realiza. E não sabemos o que o nosso menino estudou, o que a mulher criou no trabalho, o que a mãe precisava comentar sobre seu passado. Abandonamos a família porque desejamos ter calma. Ter folga. Ter férias. Melhor falar nervoso do que não falar. Melhor um pouquinho junto do que nada. Melhor o rascunho do que a idealização. Interrompa suas atividades para ouvir a família, mesmo que seja rápido, mesmo que seja de qualquer jeito. A conversa é do momento, a conversa é um momento. É possível desistir de dizer. É possível perder a vontade. Não existe como recuperar lembranças.
 
 
Cuide da família. Agora!"

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Você me deixou falar. Quando ninguém mais no mundo me ouvia. No começo eu te puxei pra cá porque queria falar de tristeza. Como uma criança que acabou de cair da bicicleta, eu vim correndo te mostrar o machucado. Exposto, ardendo, fazendo companhia a uma porção de cicatrizes. E, mesmo sabendo que ele, assim como todos os outros, iria fechar com o tempo, eu quis que você olhasse. Eu contei minha novela triste, aumentei o teor do drama. Me fiz vítima, entregue, cansada. E você, respondeu com silêncio. Esse silêncio confortável, um que existe enquanto a minha cabeça encosta no seu ombro. Um silêncio que cuida, faz o tempo passar, diz mais do que qualquer conversa de regeneração. Preocupado em fazer o resto do caminho valer à pena, você colocou um abraço ao meu redor, e eu voltei a pedalar em segurança. Quando já achava que nem tinha porquê seguir. Eu te fiz ficar porque queria falar sobre alegria. Queria te contar do quanto ainda me admirava descobrir algo tão doce, quando todos os doces já me pareciam amargos. Eu quis te falar do sol que eu vejo mesmo quando fica nublado, do tanto que o meu peito se aquece mesmo nesses dias de inverno. Quis avisar do quanto o tempo me surpreende, de como o contraste da vida aumentou, do quanto cinco dedos entrelaçados aos meus fizeram tudo ser possível. Você me abraçou e me fez dançar no quarto. Riu dos meus defeitos e me comprou um guarda-chuva novo. Me acordou com café da manhã na varanda e descobriu a melhor maneira de abraçar alguém enquanto dorme. Extrapolou a minha probabilidade de sorrisos e preencheu o predicado de tudo em que hoje eu sou sujeito. Inspirou, acolheu, fez melhor e falou o que sempre precisei ouvir. Uma resposta sincera, completa, inédita. E aí fui eu que calei. Porque quando não sou eu que falo, quando o meu coração palpita e eu calo, é você que fala em mim. E quando a gente fala junto, quem se cala é o próprio mundo, pra ouvir falar de um amor sem fim.




                                                                                              
Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa. A vontade para concordar com ela e discordar dela. Para ter sexo sem "não-me-toques" ou para cair no sono logo após o jantar. Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas. Para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete. Para ter alguém com quem viajar para um país distante. Para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso. Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre. Estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações. Para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa. Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair. Uma relação tem que servir para um perdoar as fraquezas do outro. Para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.





                                                                                                                                              


Ele não é só um cara, esse sim te levaria o mundo numa bandeja quando você acorda. Ele é diferente de tudo o que é errado em seu mundo e em outros mundos. Não te poupa de nada, porque sabe que você é esperta. Você diria que ele salvou sua vida, se não soasse tão dramático. A sua vida velha merecia ser salva, e ele te trouxe uma vida nova que inventou só para você. Ele existe. Você sabe que seriam bons amigos, bons parceiros, mas você prefere ser a garota dele, só dele; e que serão importantes na história um do outro para sempre, independentemente de tudo que estiver para acontecer. Porque ele não é só um cara. Você não quer mais só um cara. E ele é tudo que você quer.
"Uma mulher só precisa de quatro animais na vida: uma raposa no armario, um tigre na cama, um Jaguar na garagem e um burro para pagar tudo isso."

HAHA!!!

 (Mae West)               




               
Eu já fui muito ferida.
Mas a quanta gente tenho pelo que agradecer..
Só não cito os nomes para não ferir o pudor de quem eu citasse.
Mas tenho recebido olhares que valem por uma reza.
"Existem coisas que, sozinhos, não conseguimos mudar. Eu sempre fico triste quando vejo alguém jogado na rua, à margem desse sistema. Mas se eu ficar triste, só triste, eu serei mais uma a aumentar as tristezas no mundo. E a tristeza só consegue nos deixar fracos e inertes. O que o mundo precisa é de um exército de gente feliz, capaz de doar um pouco de si e do que sabe, capaz de fazer a diferença na vida de algumas pessoas.. Meus braços não são do tamanho do mundo, mas foram feitos no tamanho exato de abraçar alguém."


                                                                                                           
Eu a olhei, sim eu a olhei porque ela estava me olhando, e ela poderia estar olhando para qualquer outro mas não, foi alcançar os meus olhos entre tantos outros que estavam perdidos naquela festa, e, só por isso a olhei, mas eu não sei como ela é, só sei que a olhei como ela me olhava e eu jamais saberei então a cor daqueles olhos intactos aos meus de pedra mármore. Ela simplesmente me olhava, não sei desde quando, mas me olhava sem reparar no meu terno alugado e já tão gasto e fora da moda e do meu cabelo sem corte algum, ela só me olhava como se isso não fosse nada, como se só eu e ela estivéssemos ali, mas meus amigos estavam falando sobre alguma coisa e eu só estava tentando extrair daquele silêncio frases inteiras sobre ela ou eu. E enquanto aquele silêncio me assombrava, eu ia bebendo qualquer coisa da qual eu só ia me lembrar no dia seguinte. Todos ali pareciam tão parte daquela festa, coisas inseparáveis e mescladas, mas ela e eu não, estávamos a parte disso, alguma piada social de mal gosto da qual só íriamos rir depois de muito tempo, juntos. Ah, eu tentei reparar em sua roupa, esquadrinhar seu rosto, percorrer os detalhes do seu corpo, mas não, era só os olhos e somente eles, assim para mim como para ela. Eu não ia me aproximar dela e nem ela de mim, era como um acordo de respeito mútuo, mas em que ambas as partes estavam prestes a ignorar. A maneira como me olhava me desmontava em pequenas peças de um infinito quebra cabeças que ninguém, a não ser ela, se atrevia a montar. O meu olhar sobre o dela não a afetava, era o que me parecia. Seus olhos apenas riam para o meu explícito medo de adolescente ao ser visto nu, com tantas partes que não eram assim agradáveis de serem vistas. Mas eu não me sentia ridículo, me sentia bem em saber que ela não estava assustada com o que estava descobrindo. Eu estava ali, totalmente aberto à ela e eu sabia que ela estava se abrindo para mim através daquelas enormes pupilas de diamante (diamante, pensei logo, destroí pedra mármore), talvez ela também queria que eu descobrisse o mesmo que ela havia descoberto em mim, como se fossémos iguais no fundo de nossas pupilas. Eu ia quebrar o acordo, eu ia mesmo quebrar a merda desse acordo e ia sentir com os meus dedos as pálpebras daqueles olhos e só depois, só depois eu iria ver como ela era e isso, isso não me importava. Fui a passos largos e calculados, aquele medo terrível de que os olhos dela se fechassem ao me ver ali tão perto, mas não, estavam abertos como um abraço, e o meu coração ia contra a música lenta, violento e impulsivo. Diria a ela que ela poderia invadir muito mais do que dois velhos olhos cansados de ver as mesmas coisas, perto dela tudo o que eu sentia estava renovado, tudo sabe, até todos os amores que vivi, é isso, já ia dizer a ela que eu a amava. Então eu ri, olhos fechados e nulos, ri de mim mesmo por estar vivendo esse momento, que nem eu sabia se algum dia alguma outra pessoa havia vivido. Mas aí tudo foi tão rápido que eu mal pude aspirar um pouco daquele ar dela, eu mal pude tanta coisa que eu não consigo acreditar que foi mesmo, algo real. Abri os olhos, sorriso ainda esboçado nos lábios, preparado para mais um batalha, diamante contra mármore, mas e aí, onde estava meu oponente? A música alta, as pessoas altas quase que flutuando enquanto eu caminhava, passos frenéticos quase alguma dança de salão, penso agora que talvez um jazz sapateado, mas eu estava com o meu coração parado e os meus olhos a procurar os dela que eu não sabia nem como era, porque eu só olhava para ela e nada mais precisava ser visto além do que precisava ser visto. Respirei fundo e fiquei ali parado, como o meu coração e todas as minhas reações, todos dançando a música de suas vidas em toques nostálgicos pelos corpos suados. Se debatiam contra mim, uma estátua de mármore, não mais os olhos. Pensava se ela, em algum lugar ali, estaria também parada, desesperada a procurar pelos meus olhos para a guiarem para fora daquele lugar que não nos pertencia. Peguei uma cerveja e sentei numa das cadeiras vagas do salão. Talvez ela também estaria sentada esperando que isso terminasse e novamente nos olhássemos. E eu esperei a festa terminar para, só então descobrir, que aquele diamante havia riscado os meus olhos para sempre.                                                                                                   

Simplesmente Aconteceu

Simplesmente aconteceu
Não tem mais você e eu
No jardim dos sonhos
No primeiro raio de luar
Simplesmente amanheceu
Tudo volta a ser só eu

Nos espelhos
Nas paredes de qualquer lugar
Não tem segredo
Não tenha medo de querer voltar
A culpa é minha eu tenho vício de me machucar

De me machucar
Lentamente aconteceu
Seu olhar largou do meu
Sem destino

Sem caminho certo pra voltar
Não tem segredo
Não tenha medo de querer voltar
A culpa é minha eu tenho vício de me machucar

De me machucar
Ninguém ama porque quer
O amor nos escolheu você e eu
Não tem segredo
Não tenha medo de querer voltar

A culpa é minha eu tenho vício de me machucar
De me machucar
Simplesmente aconteceu
Quem ganhou e quem perdeu
Não importa agora

(Ana Carolina)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Quando já não tinha espaço, pequena fui. Onde a vida me cabia apertada em um canto qualquer, acomodei minha dança, os meus traços de chuva. E o que é estar em paz pra ser minha e assim ser tua? Quando já não procurava mais pude, enfim, nos olhos teus, vestidos d'água, me atirar tranquila daqui. Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas. E, assim, no teu corpo eu fui chuva... jeito bom de se encontrar! E, assim, no teu gosto eu fui chuva... jeito bom de se deixar viver!

Nada do que fui me veste agora. Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto e só sossega quando encontra tua boca. E, mesmo que eu te perca, nunca mais serei aquela que se fez seca vendo a vida passar pela janela.
Amigo: - "Cara, você se arrependeu de ter terminado com ela?"
Ele: - "Olha pra mim, você acha que eu me arrependi? Eu saia sexta e só voltava segunda de manhã pra trabalhar. Eu peguei a mãe, a filha, a prima, a tia e só não peguei a vó da vizinha, porque ela tinha hemorroida. Eu tinha cortesia pra entrar nas melhores baladas. Eu esnobei as garotas que todos os homens queriam pegar. Transei de segunda à sábado, e domingo eu via futebol. Detalhe, sem ninguém me chamando pra ir ver a porra do casal feliz no Faustão ou sei lá o que. Me mandavam mensagens o dia todo e se você perguntar se eu li alguma eu vou te dizer que não. Eu podia ver filme pornô, levar a guria que eu quisesse pra minha cama e depois chamar o táxi pra ela ir embora pra eu não precisar gastar gasolina, porque convenhamos, tá cara pra caralho. Eu era o que elas queriam de qualquer jeito. E eu, queria todas de qualquer jeito, mas só um pouquinho cada uma. Chamava todas de bê, pra não errar o nome de nenhuma. E por que diabos elas achavam que isso era fofo? Eu ia pra academia as três das tarde e voltava as oito da noite. Tenho uma coleção de calcinha perdida na última gaveta da minha estante. Eu saia na rua com o som alto no carro e podia escolher a dedo, quero essa, depois essa e mais tarde, essa. Na minha geladeira nunca tinha uma caixa de cerveja, eram no minimo quatro. Eu não devia nada pra ninguém. A única guria que me cobrava alguma coisa, era minha mãe. Me cobrava minha cueca lavada e só. Não tinha que ir no cinema ver as comédias românticas e falar “own amor, eu faria o mesmo por você”. Não tinha que deixar de ir pra balada pra fazer um lanchinho em família. Não precisava me preocupar em horário e olhava pra quem eu queria na rua. Minha casa tinha festa toda quarta. Camisinha aqui tinha do Bob Esponja até das Três espiãs demais. E eu ainda dava de brinde um moranguinho pra cada garota. Meu trampo era sentado na frente do computador. Peguei tua irmã cara. A amiga dela. A Carolzinha filha do Prefeito da cidade. A Jú filha do gerente do banco. Loira, morena, ruiva, que gostava de pagode até a que gostava de gospel. Eu tinha o mundo na minha mão. E você me pergunta se eu me arrependi? Me arrependi caralho. Porque toda essa porra de vida perfeita nesses 4 meses que fiquei sem ela não teve valor nenhum depois que eu vi ela sorrindo de um jeito que nunca sorriu pra mim, pra um outro cara aí. Pra um vagabundo desgraçado que vai fazer ela feliz, porque eu, eu não fiz ela feliz e ainda mandei a melhor coisa que eu tinha na vida me esquecer. E sabe o que é pior? Ela me obedeceu."

sexta-feira, 27 de abril de 2012



"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor."


  • Você não está vendo coisas, nem tendo um ataque cardíaco. Não há uma bola de tênis na sua garganta ou cola nos seus pés. Não há terremoto algum e suas mãos não estão suadas por acaso. Não foi insônia que não te fez dormir noite passada. Você também não está louco. 

    Isso é só amor.


Pelo menos alguma coisa eu devo ter feito certo , mesmo. Porque tenho certeza que você vai lembrar de mim, ainda que não queira.


"Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É aceitar doer inteiro até florir de novo."


‎"É só se manter longe. Longe, bem longe. Que longe nada afeta. Ou quase nada."


O primeiro me chegou
Como quem vem do florista:
Trouxe um bicho de pelúcia,
Trouxe um broche de ametista.
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha.
Me mostrou o seu relógio;
Me chamava de rainha.
Me encontrou tão desarmada,
Que tocou meu coração,
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse "não".
O segundo me chegou
Como quem chega do bar:
Trouxe um litro de aguardente
Tão amarga de tragar.
Indagou o meu passado
E cheirou minha comida.
Vasculhou minha gaveta;
Me chamava de perdida.
Me encontrou tão desarmada,
Que arranhou meu coração,
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse "não".
O terceiro me chegou
Como quem chega do nada:
Ele não me trouxe nada,
Também nada perguntou.
Mal sei como ele se chama,
Mas entendo o que ele quer!
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher.
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não,
Se instalou feito posseiro
Dentro do meu coração.

‎"Se você quer ser feliz, mande embora seu “severo juiz”, ouça seu coração. Valorize o que sente e seja uma pessoa verdadeira. Assuma seus sentimentos. Só diga sim depois de sentir o que realmente quer. Não tenha receio de dizer não. Deixe de contar seus problemas aos outros e perguntar o que deve fazer. Confie em seus critérios. Você pode! Experimente."

terça-feira, 24 de abril de 2012


Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu chorei
Que eu morri
De arrependimento
Que o meu desalento
Já não tem mais fim
Vai e diz
Diz assim
Como sou
Infeliz
No meu descaminho
Diz que estou sozinho
E sem saber de mim
Diz que eu estive por pouco
Diz a ela que estou louco
Pra perdoar
Que seja lá como for
Por amor
Por favor
É pra ela voltar
Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu rodei
Que eu bebi
Que eu caí
Que eu não sei
Que eu só sei
Que cansei, enfim
Dos meus desencontros
Corre e diz a ela
Que eu entrego os pontos
"Quando olhaste bem nos olhos meus e o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei, eu te estranhei, me debrucei sobre teu corpo e duvidei. E me arrastei e te arranhei. E me agarrei nos teus cabelos. No teu peito, teu pijama. Nos teus pés ao pé da cama, sem carinho, sem coberta, no tapete atrás da porta. Reclamei baixinho, dei pra maldizer o nosso lar, pra sujar teu nome, te humilhar. E me vingar a qualquer preço.

Te adorando pelo avesso. Pra mostrar que ainda sou tua."

terça-feira, 17 de abril de 2012

Como eu queria ouvir meu telefone tocar e ser você me dizendo que esta com saudades, ser você querendo minha companhia.

— E o que a gente vira quando vai embora de alguém?
E o Senhô respondeu:
— Uns viram pó. Outros caem igual estrela do céu. Outro só viram a esquina… E têm aqueles que nunca vão embora.
— Não? E eles ficam onde, Senhô?
— Na lembrança.
"A porta está fechada, não adianta bater. E foi tão bom constatar que não me atinge mais. Não me entristece, não me aborrece, não me tira o sono. Passa por mim. Mas, não me atravessa. Foi-se o tempo. E foi-se o tempo faz tempo!"

terça-feira, 10 de abril de 2012

Falta entender o que me faz pensar que só ele pode ter tanta paz pra me dar... ninguém mais tem tanta paz.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Só há uma coisa na vida que precisamos aprender, e ninguém ensina isso nas escolas. A capacidade de suportar.
“Lembre-se do que sua bisavó dizia: regue as plantas, regue suas relações, regue seu futuro, porque sem cuidar, nada floresce.”
Você me tem fácil demais mas não parece capaz de cuidar do que possui
Você sorriu e me propôs que eu te deixasse em paz, me disse vai, e eu não fuiNão faça assim.   Não faça nada por mim. Não vá pensando que eu sou seu

Você me diz o que fazer mas não procura entender que eu faço só pra te agradar
Me diz até o que vestir, com quem andar e aonde ir. Mas não me pede pra voltar.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Namoro é quando não se tem certeza absoluta de nada, a cada dia um segredo é revelado, brotam informações novas de onde menos se espera. De manhã, um silêncio inquietante. À tarde, um mal-entendido. À noite, um torpedo reconciliador e uma declaração de amor.

Namoro é teste, é amostra, é ensaio, e por isso a dedicação é intensa, a sedução é ininterrupta, os minutos são contados, os meses são comemorados, a vontade de surpreender não cessa — e é a única relação que dá o devido espaço para a saudade, que é fermento e afrodisíaco. Depois de passar os dias se vendo só de vez em quando, viajar para um fim de semana juntos vira o céu na Terra: nunca uma sexta-feira nasce tão aguardada, nunca uma segunda-feira é enfrentada com tanta leveza.
Namoro é como o disco “Sgt. Peppers”, dos Beatles: parece antigo e, no entanto, não há nada mais novo e revolucionário.
Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franziam na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procurava um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.
Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.
''Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.''
"E eu pensei: enquanto existir isso, enquanto eu estiver viva e puder contemplar este sol e este céu sem nuvens, enquanto isto existir, não poderei ser infeliz."
"Uns vão, uns tão, uns são, uns dão, uns não, uns hão de.
Uns pés, uns mãos, uns cabeça, uns só coração."

sexta-feira, 23 de março de 2012

"Se estiver mal estampe um sorriso no rosto e siga em frente… e se estiver bem, continue com ele ali... no universo, você atrai o que transmite!"
"Contudo, lembre-se: O sol sempre volta. Por via das dúvidas, passe um protetor, coloque uma roupa de banho e mergulhe num mar de esperanças. VIVA!!"
"O caminho é este, tem pedra, tem sol, tem bandido, mocinho, tem você amando, tem você sozinho, é só escolher, ou vai, ou fica.
 Fui."

sexta-feira, 2 de março de 2012

“Amor não tem garantia mas tem devolução. Pode começar do nada, pode acabar de repente, pode não ter fim. Mas tem sempre o meio. O amor é isso que você está vendo: Hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.”

"Às vezes é preciso diminuir a barulheira, parar de fazer perguntas, parar de imaginar respostas, aquietar um pouco a vida para simplesmente deixar o coração nos contar o que sabe. E ele conta. Com a calma e a clareza que tem."

"Não se deixe entusiasmar a ponto de não conseguir distinguir amor de atração, amor de carência, amor de insegurança, amor de fantasia."

Que é que ele tem que brilha tanto? Que é que ele tem que quando chega ofusca todo o resto?


"Você dormiu com o celular embaixo do travesseiro. Porque até uma ligação dele bêbado, de madrugada, te querendo como última opção, pode ser melhor que esse silêncio."

"Todo mundo precisa, pra viver, morrer de vez em quando."

"E lá vem ele dizer que meu cabelo sujo tem cheiro bom. E que já que eu não liguei e não atendi, ele foi dormir. E que segurar minha mão já basta. E que ele quer conhecer minha mãe. E que viajar sem mim é um final de semana nulo. E que tudo bem se eu só quiser ficar lendo e não abrir a boca.

Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz."

"Olha, faça um favor para mim, antes de tremer as pernas pelo inconquistável e apagar as luzes do mundo por um único brilho falso, olhe dentro de você e pergunte: estupidez, masoquismo ou medo de viver de verdade?"

"O tempo que cura, também afasta."

“...Porque sempre levo um susto quando te vejo e me pergunto como é que fiquei todos esses anos sem te ver. Porque você me entedia e dai eu desvio o rosto um segundo e já não aguento de saudade. E descubro que não é tédio mas sim cansaço porque amar é uma maratona no sol e sem água. E ainda assim, é a única sombra e água fresca que existe. Mas e se no primeiro passo eu me quebrar inteira? E se eu forçar e acabar pra sempre sem conseguir andar de novo? Eu tenho medo que você seja um caminhão de luz que me esmague e me cegue na frente de todo mundo. Eu tenho medo de ser um saquinho frágil de bolinhas de gude e de você me abrir. E minhas bolhinhas correrem cada uma para um canto do mundo. E entrarem pelas valetas do universo. E eu nunca mais conseguir me juntar do jeito que sou agora. Eu tenho medo de você abrir o espartilho superficial que aperto todos os dias para me manter ereta, firme e irônica. Minha angústia particular que me faz parecer segura. Eu tenho medo de você melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas reclamações. Eu tenho medo da minha cabeça rolar, dos meus braços se desprenderem, do meu estômago sair pelos olhos. Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser.”

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

"Tem uns olhos que mudam de cor e um jeito inteiramente sábio. Quieto, fundo. E leve. Tão difícil estar longe."

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012



É você que tem
nas tuas mãos
meu choro de mulher

Tem meu ver
O meu sonhar
E o que quiser

É você que é
o homem meu
Meu grande amor da minha vida

É tão teu
O gosto da minha
mordida

É você que tem
o colo que eu
deito e descanso

E é tão teu
Meu coração
Aflito e manso

É você que tem
Na pele a luz
Cor da coisa mais segura

Que eu já vi
Formar na mácula
escura