Aponta pra fé e rema!

domingo, 3 de outubro de 2010

"Para tranquilizá-lo, sentei ao seu lado. Tremíamos. Pensei em colocar a cabeça dele no meu colo, tomar suas mãos, falar alguma frase de efeito, fazer carinhos. Mas só consegui ficar muito próxima. De alguma forma, eu queria dizer que tudo aquilo importava pouco. Se soubéssemos controlar a nós mesmos, o nosso terror, e poupar o gasto exagerado de tudo que tínhamos armazenado, nada aconteceria. Amanhã, depois, dentro de uma semana, um mês, nada aconteceria.

A verdade é que eu nem sei se queria conhecer alguém agora, mas isso não importava nesse momento. Ele só precisava de alguns abraços queridos, uma companhia suave, bate-papos que o fizessem sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronia: eu e você não acontecemos por uma relação causal, mas por uma relação de significado. Que ainda estamos trabalhando, que precisamos primeiro entender o que é."

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