Aponta pra fé e rema!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

“Hoje eu ouvi nossa canção.


Tanto tempo depois, tantas fugas nesse tempo em que evitei nosso tema, com medo de chorar muito, lembrar de você, enlouquecer. Ou com medo de voltar forte demais a saudade e de não resistir a te procurar, te ligar.

Algumas coisas nunca sumiram em mim, meu orgulho já sumiu um pouco, mas meus medos continuam aqui e ali, mas ainda rio sozinha de mim mesma quando minimizo esse sentimento tolo, sarcástica, rio do meu coração. Ouvi sozinha nossa canção. Sem graça tentei encontrar sentido nas palavras. Em vão, essa só tem sentido quando se está feliz por amar.

Você ainda me maltrata, aperta meu peito, que arde, queimando em algum lugar que não consigo encontrar e tirar de mim, mesmo que à força, ainda que eu arranque parte da pele e tire sangue, a dor não é substituída.

A nossa música, me fez chorar demais e eu percebi porque fujo dela todas as vezes, porque você não está aqui para falar como ela é bonita de ouvir, ou da quantidade de coisas que ela pode nos dizer ou ainda me prometer um mundo de felicidade com trilha sonora.

É como um fantasma, a nossa música, mas com certa beleza que não sei explicar o que é, com um medo intenso de reaver emoções que eu quis guardar.

Ouvi hoje até o fim, trêmula, derramando lágrimas em cada estrofe, apertando os olhos e pensando em você, na sua voz (que por mais que eu ache que não vou lembrar, eu lembro), em uma quantidade de coisas que eu quis dizer e não tive coragem e agora estão presas em mim, algemadas pra onde eu resolver me atirar, na intenção de te abandonar pra sempre.

A coragem que eu achei que existia, transformou-se numa dúvida que me cobriu, a dúvida do quanto ainda eu posso te amar.

Nossa música foi das poucas coisas que ficaram pra eu lembrar. Pra eu mudar o sentido dela mesmo que eu acredite ser impossível.

Saudade da sua voz, saudade de ouvir com você.”

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