Aponta pra fé e rema!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Você é a coisa mais próxima que eu tenho para mencionar numa conversa sobre um amor que não durou. Mas eu jamais poderia te chamar de minha, porque eu jamais poderia me chamar de seu. E se nós fossemos mesmo feitos um pro outro, então nós podemos jogar a culpa no destino. Não é que o nosso amor morreu, ele só nunca floriu.


Bom, eu não consigo deixar. Não, eu não consigo deixar você. Você está me prendendo sem nem sequer tentar. Eu não consigo deixar, eu não consigo seguir em frente, sem pensar no passado. Sem levantar um dedo, você está me prendendo.

E então nós vimos nossos caminhos se separarem, e acho que estava tudo bem por mim. Até que você ficou com outro homem e então eu não conseguia entender, por que isso me incomodava tanto. Como nós não morremos/terminamos, nós só não tivemos a chance de crescer.

E isso pode não fazer muito sentido pra você ou pra qualquer um dos meus amigos. Mesmo assim de algum jeito você ainda influência as coisas que eu faço. E você não pode perder o que nunca se teve. Eu não entendo porque eu fico triste toda vez que eu te vejo por aí com alguém novo.

Bom, eu não consigo deixar. Não, eu não consigo deixar você. Você está me prendendo sem nem sequer tentar.

I cant let go. No, I cant let go of you. Youre holding me back without even trying to. I cant let go, i cant move on from the past.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

TAMANDARÉ FOI IMORAAAAAAAAL!



Gente invejosa é um saco. Categoricamente! Até pouco tempo atrás, eu não sabia muito bem definir o que significava inveja. Pessoas invejosas simplesmente não gostam de você, e limitam esse sentimento de aversão ao “meu santo não bate com o de fulano”. É até engraçado. Santo lá tem que bater? Bobeira essa! Ou será que tem santo bom e santo mau? Bom... Meu santo cuida bem de mim e me dá luz própria. Quem tentar apagá-la será ofuscado, e jamais conseguirá. O santinho aqui é forte e nós dois temos um contrato: ele me protege e eu faço minha parte sendo uma boa pessoa. Ah, sim... claro que alguns preferem chamar a inveja, cobiça ou ainda invídia, de dor-de-cotovelo. E essa dor dói ? Quem nunca teve a experiência de bater o cotovelo na quina de uma porta? Dói demais, e pode mesmo ser associada a este sentimento ao qual me refiro.


Essa fraqueza humana aí é própria de pessoas que querem sempre ser o centro das atenções ou as maiores e melhores em tudo o que são, fazem ou falam, razão pela qual se sentem ameaçadas com a presença de outro alguém que possa, até mesmo involuntariamente, "roubar" seu lugar ao pódio. O ciúme aproxima-se da inveja, com alguma diferença, na inveja, o indivíduo cobiça o que o outro tem, enquanto nos ciúmes o indivíduo defende um bem que julga ser dono. Chamo a estes de pobres de espírito, incapazes de ser donos de um predicado sequer do seu semelhante, exatamente por serem como são.

A principal limitação que os impedem de ter os atributos tanto cobiçados é o deixar de viver a própria vida para viver a vida alheia. Essa repugnância estúpida pelo seu semelhante vai pouco a pouco consumindo o invejoso, tornando-o incapaz, incompetente e medíocre. O brilho que ainda restava vai se aniquilando e, junto dele, vão sendo exterminadas as virtudes que deveriam ter sido cultivadas, como personalidade e caráter.

Ela passa a odiar o outro de forma gratuita e isto, de certa forma, lhe causa certo desconforto, pois a pessoa invejada ocupa continuamente seus pensamentos: "por que ela e não eu?", "por que?". Isso quase sempre vem acompanhado de comentários maldosos, incapazes, também, de diminuir a glória do outro. Se esta pessoa escolhesse ser indiferente, talvez eliminasse o próprio sofrimento. Difícil é ela pôr a cabeça no lugar e chegar a esta consciência.

Se Deus fez cada um com suas qualidades, imperfeições e proporcionou que cada um tivesse uma vida diferente, por que é tão difícil conviver assim? Não seria mais fácil se os homens meramente se completassem? É... bom mesmo seria se todos os santinhos ficassem amiguinhos para rezar juntos. Viveríamos em uma sociedade diferente, sem grandes conflitos.

Rogo por aquele que ainda não encontrou o seu trilho, que não tenta encontrar sua luz no seu semelhante, se descubra, seu brilho está em si próprio, o dia que descobrires, será digno(a) de aplausos.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"Sou uma ótima companhia para mim mesma, adoro ficar sozinha, lendo, escrevendo ou fazendo o meu nada. Prefiro me afundar em mim a ter que ouvir gente falando besteira ou contando vantagem. Bom, mas deixa eu não me perder. Todo esse blablablá só pra dizer o seguinte: EU DEI A CHAVE DO MEU CORAÇÃO PRA ELE. Vocês ouviram? Eu, logo EU! De repente me vi olhando pra aqueles olhos lindos e falei: TOMA, É SUA. Pega, entra e não vai embora. E ele entrou. Na minha vida. Na minha casa. Confesso que não foi fácil. Mas admito que estou conhecendo (num gerúndio de amor sem fim) essa coisa maluca de gostar de verdade. É. De conhecer família, manias, amigos e piores defeitos.









Não, não tinha como dizer não.



Ele é tão doce, o coração dele é tão grande e o jeito dele é tão determinado que eu fico feliz em sentir o perfume dele grudado nas roupas que ele esquece, largadas pelo chão. (Alguém imaginava que um dia isso fosse acontecer?). A gente é tão igual e ao mesmo tempo tão diferente e eu sei, eu sei... Nem tudo é um mar de rosas. Temos dias difíceis, relógios biológicos diferentes, ritmos que às vezes se chocam.



Eu, com minha tpm, meus livros e meu jeito. Ele com seu ciúme camuflado, seus mil programas e seu jeito de abraçar o mundo. Mas quer saber? Eu olho pra ele e fico pensando sozinha: será que alguém nesse mundo faria o que ele faz por mim? Porque ele me escuta, me aguenta, me mima, me inspira, me faz sentir a mulher mais linda e especial do mundo. E eu acredito nele, acredito em mim.



Por ele, esvaziei minhas gavetas, meu armário e meu coração. Pra reciclar energias. Pra ele entrar, ocupar o espaço em branco. E ficar. Não importa se a gente vai se casar, se vamos nos matar daqui a um ano ou se o mundo vai acabar amanhã. Nada interessa. (Embora eu espere que tudo o que eu sinto dure pra sempre). Estou agora com coração nos olhos e um sorriso grudado na boca. Para mim, a melhor hora do dia é ver o sorriso dele entrar porta adentro. Nesse momento, o tempo pára e não há nada que me faça sentir como eu me sinto.



"Torna-te quem tu és", disse o filósofo.



E EU SOU. (Por nós)."



2 AMOS E 5 MESES.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"É poesia amor, não é medo.
Por quê segredo e por quê não falar
se teu sorriso é o que mais desejo?
e teu pecado é o que mais me importa.

Este mundo não merece a nossa tristeza
e se é a vida não há porque deixar de ser.

Minha culpa,
minha máxima culpa... é tão nossa,
pois quem disse, amor, que não há
charme nessas flechas que se beijam
quando dormem os medos?

E sabe amor, já não há
como conseguir parar todos os erros
viciados que aprendemos."

domingo, 28 de novembro de 2010

"Mais que linda: Viva, tensa, confusa. Lilian Lemmertz era meio rainha. E nobre.





Somos todos imortais. Teoricamente imortais, claro. Hipocritamente imortais. Por que nunca consideramos a morte como uma possibilidade cotidiana, feito perder a hora no trabalho ou cortar-se fazendo a barba, por exemplo. Na nossa cabeça, a morte não acontece como pode acontecer de eu discar um número telefônico e, ao invés de alguém atender, dar sinal de ocupado. A morte, fantasticamente, deveria ser precedida de certo “clima”, certa “preparação”. Certa “grandeza”.

Deve ser por isso que fico (ficamos todos, acho) tão abalado quando, sem nenhuma preparação, ela acontece de repente. E então o espanto e o desamparo, a incompreensão também, invadem a suposta ordem inabalável do arrumado (e por isso mesmo “eterno”) cotidiano. A morte de alguém conhecido ou/e amado estupra essa precária arrumação, essa falsa eternidade. A morte e o amor. Por que o amor, como a morte, também existe – e da mesma forma dissimulada. Por trás, inaparente. Mas tão poderoso que, da mesma forma que a morte – pois o amor é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável) – nos desarma. O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade.

Como amor e morte não se separam – feito quem diz “era uma vez”, conto: na tarde de sábado, estava eu assustadamente dentro do amor (eu não acreditava mais que o amor existisse, e a vida desmentia) quando o telefone tocou. Do outro lado, alguém me deu a notícia da morte de Lilian Lemmertz. E eu também não acreditava mais que a morte existisse, naquele ou neste momento, quando preciso me embriagar um pouco com urgências de vida porque se considerar a cada minuto a possibilidade da morte – então paro imediatamente de viver. Fico de olhos arregalados, imóvel, à espera do poço previsto.

Como quem muda um canal de televisão, continuei vivo. Pra rebater a morte, fui ver o show de vida de Elza Soares. E bebi e fumei e conversei e amei mais e mais ainda. Mas dentro de qualquer movimento, a morte de Lilian. E dei pra lembrar de uma única conversa nossa, quando ela fazia Esperando Godot, e fui entrevistá-la. Falamos uma tarde inteira. Ela era mais que linda. Era viva, sarcástica, tensa, confusa. Meio desmedida. E rainha.

Lilian era nobre. Eu pensava em atrizes, enumerava: Marília Pera, Fernanda Montenegro. E Lilian Lemmertz, com aquela raça, aquele porte, a boca inesperadamente frágil e amarga, desmentindo o brilho às vezes frio dos olhos. Um certo ar de Jeanne Moreau, e ninguém como ela. Que nem chegou a ter seu grande papel, sua Fedra, sua Petra, Seu Pixote, sua hora de estrela. Brilhante, mas, ao fundo, aquele ar de humanidade despedaçada que Marília também suporta. Ouvir Lilian falando era ficar arrepiado, olhos cheios de lágrimas: o humano excessivo aterroriza e maravilha. Igual à morte e ao amor.

Guardo Lilian na memória não como a professora de Lição de Amor, a bêbada de Caixa de Sombras ou a dona-de-casa de Baila Comigo – escolho guardá-la metida na pele de um dos vagabundos de Samuel Beckett. Barriga falsa, suspensórios, calças pelo meio da canela, chapéu-coco. Meio clown, esperando por Godot. Que chegou, afinal. Lilian estava sozinha. Ele a levou consigo. Terá sido frio seu súbito abraço? Quem sabe não.

Agora, no fim da noite de domingo, longe do colo morno do amor, a morte visita o apartamento e fico pensando em como recuperar minha imortalidade após este próximo ponto final. Preciso dela, amanhã de manhã. Quando o mundo continuará igual. Só que sem Lilian. E, portanto, um pouco mais feio, um pouco mais sujo. Mais incompreensível, e menos nobre."

Caio Fernando Abreu.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Eu me descubro ainda mais feliz a cada pedaço seu e de tudo o que é seu... Às vezes você é tão bobo, e me faz sentir tão boba, que eu tenho pena de como o mundo era bobo antes da gente se conhecer. Eu queria assinar um contrato com Deus: se eu nunca mais olhar para homem nenhum no mundo, será que ele deixa você ficar comigo pra sempre? Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa, eu descobri que vale a pena ficar três horas te olhando sentada num sofá mesmo que o dia esteja explodindo lá fora. E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca, e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam. Quando a gente foi ver o pôr-do-sol na Praça e a gente ficou abraçado, e a gente se achou brega demais, e a gente morreu de rir, eu senti um daqueles segundos de eternidade que tanto assustam o nosso coração acostumado com a fugacidade segura dos sentimentos superficiais. Eu olhei para você com aquela sua jaqueta que te deixa com tanta cara de homem e me senti tão ao lado de um homem, que eu tive vontade de ser a melhor mulher do mundo. E eu tive vontade de fazer ginástica, ler, ouvir todas as músicas legais do mundo, aprender a cozinhar, arrumar seu quarto, escrever um livro, ser mãe. E aí eu só olhei pra bem longe, muito além daquele Sol, e todo o meu passado se pôs junto com ele. E eu senti a alma clarear enquanto o dia escurecia. Eu te engoli e você é tão grande pra mim que eu dedico cada segundo do meu dia em te digerir. E eu não tenho mais fome, e eu tenho que ter fome porque eu não quero você namorando uma magrela. E eu sonhei com você e acordei com você, e eu te olhei e falei que eu estava muito magrela, e você me mandou dormir mais, e me abraçou. Eu preciso disfarçar que não paro mais de rir, mas aí olho pra você e você também está sempre rindo. Se isso não for o motivo para a gente nascer, já não entendo mais nada desse mundo. E eu tento, ainda refém de algumas células rodriguianas que vez ou outra me invadem, tentar achar defeito na gente, tentar estragar tudo com alguma sujeira. Mas você me deu preguiça da velha tática de fuga, você me fez dormir um cd inteiro na rede e quando eu acordei o mundo inteiro estava azul. Engraçado como eu não sei dizer o que eu quero fazer porque nada me parece mais divertido do que simplesmente estar fazendo. Ainda que a gente não esteja fazendo nada. Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao seu lado. Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas. Eu risquei de vez as opções do meu caderninho, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja. Uma esponja rosa porque você me transformou numa menina cor-de-rosa. Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança. Você quebrou minhas pernas, me fez comprar um vestido cheio de rendas e babados, tirou as pedras da minha mão. Você diz que me quer com todas as minhas vírgulas, eu te quero como meu ponto final."




2 ano e 4 meses de mto looooooove