"Ele pode estar olhando as suas fotos. Neste exato momento. Porque não? Passou-se muito tempo. Detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz. Escondida. Sem deixar rastro nem pistas. Talvez ele faça aquela cara de dengoso e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E ainda assim preferir o silêncio. Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes. Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez ele perceba que você faz falta. E diferença. De alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado inverno em Paris. Talvez ele volte....
Talvez não!"
Aponta pra fé e rema!
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Amor é bem mais que algo pra se sentir. É algo pra se viver. Viver com as batidas do coração aceleradas só de vê-lo passar, viver constantemente com borboletas no estomâgo, viver com as olheiras, porque você ficou tempo demais fazendo planos pra vocês dois antes de dormir. Viver com lágrimas de alegria por tê-lo e com lágrimas de raiva, por ciúmes. Viver com a boca com vontade louca de beijá-lo, viver com os braços querendo se encontrarem com os deles, formando um único ser por meio de um abraço. Viver com cor, com alegria, com intensidade, com o seu amor.
Depois de muito tempo sem se falarem, ele manda uma "msg", na madrugada para ela...
(sem saber o que dizer ele manda) - eu ainda te amo…
(ela acorda com o toque do celular e sorri ao ler a mensagem) - Eu estou aqui, esperava de tudo, menos uma msg sua depois de tanto tempo…
(risos) - Eu queria que você soubesse que eu ainda penso em você a todo tempo, e que todas as noites eu imagino como seria bom ao acordar te encontrar aqui…
- …
- Talvez não tenha recebido minha ultima msg, mas eu disse que eu ainda te amo.
- Eu li sim, só não soube o que dizer, digitei mais apaguei… Digitei novamente e apaguei mais uma vez. Meu coração não quer acreditar, não quer criar novas esperanças… Tenho que ir dormir, boa noite.
- Tudo bem, só quero que saiba que amanhã eu vou continuar a te amar, e que nem um dia sequer eu deixo de pensar em você.
(ela digita… “Eu sempre te amei” … E com lágrimas nos olhos ela apaga) - Durma bem…
Junior Araujo
Esses passos tímidos ecoam alto demais e, para quem não quer ser visto, isso não é nada apropriado. Esses corredores de azulejos brancos incomodam. Essas paredes frias que, mesmo que eu me mantenha longe delas, me privam do calor e do aconchego que tanto procuro, nessa noite.
São esquinas que, sem alto-falantes, emitem sons de toda sorte, e muitos deles, infelizmente, são de uma voz familiar. São suspiros aos quais estou assutadoramente acostumado. Tenho uma permanente impressão de que esses sussuros já muito me esquentaram os ouvidos, em outros noites parecidas com a de hoje. Aí eu luto para não perder a concentração nesses sons, não me soltar da corda que me aponta a direção da saída mais próxima. Desconcentrado, tudo que cuidadosamente orbita meu coração sem bater nas minhas costelas perde o controle e aí tudo que sinto é uma dor interna intermitente que segue cada batida do bumbo de uma música triste qualquer.
Desconcentrado, agarro-me ao trinco da primeira porta que eu encontro. E sempre acabo no mesmo quarto, na frente do mesmo computador, ouvindo as mesmas músicas, ínsone.
Parece que eu tô reclamando, mas eu vejo beleza nisso tudo.
São esquinas que, sem alto-falantes, emitem sons de toda sorte, e muitos deles, infelizmente, são de uma voz familiar. São suspiros aos quais estou assutadoramente acostumado. Tenho uma permanente impressão de que esses sussuros já muito me esquentaram os ouvidos, em outros noites parecidas com a de hoje. Aí eu luto para não perder a concentração nesses sons, não me soltar da corda que me aponta a direção da saída mais próxima. Desconcentrado, tudo que cuidadosamente orbita meu coração sem bater nas minhas costelas perde o controle e aí tudo que sinto é uma dor interna intermitente que segue cada batida do bumbo de uma música triste qualquer.
Desconcentrado, agarro-me ao trinco da primeira porta que eu encontro. E sempre acabo no mesmo quarto, na frente do mesmo computador, ouvindo as mesmas músicas, ínsone.
Parece que eu tô reclamando, mas eu vejo beleza nisso tudo.
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