Aponta pra fé e rema!

domingo, 18 de abril de 2010


"- Eu te quero. Disse ele com uma voz suave e calma, como quem não tem pressa nunca, nem diante de uma mulher que transbordava de desejo. Talvez ele dissesse aquilo pra todas, ou só para as morenas, ou quem sabe apenas pra quem o desejasse também. Mas o fato é que ele disse, e além de dizer deixava bem claro nas atitudes. Quem olhava esperava que os dois se atracassem ali mesmo, diante de todos, mas o destino os manteve calmos, e então eles se afastaram. Foi aí que com o passar das horas a distancia deixou de ser algo estratégico pra se tornar preocupante. Ele não sabia mais como encontrá-la, e vice-versa. Ela sentiu um aperto na alma, e repetiu pra si mesma por mil vezes o quanto foi idiota de ter o deixado ir sem a certeza de um reencontro. Respirando fundo e encontrando-se com a sua paz interior ela obteve uma resposta pra toda essa mudança de percurso que havia traçado com tanto carinho: Nada é tão bom que não possa ficar ruim, e nada é tão ruim que não se possa mudar. O destino havia sim mudado a rota desse momento único. Mas ele só preferiu passar mais tempo na estrada. O que tem de acontecer nos espera inevitavelmente."

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